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Por Bárbara Mendonça e Bruna Rodrigues — Interlagos, São Paulo


Já garantidas na F1 em 2023 - com o dobro de edições atuais, pulando de três para seis -, as corridas classificatórias não necessariamente são uma unanimidade na categoria. Enquanto Lewis Hamilton aprova a novidade introduzida em 2021 e que faz sua aparição final da atual temporada no GP de São Paulo, nesta sexta-feira, Max Verstappen sustenta uma visão bem diferente.

- Eu não gosto muito porque você, de fato, não corre. Você não se arrisca porque tem a grande corrida na qual vale tudo, de fato. Não faz um pit stop, não se vê realmente muitas ultrapassagens a não ser que um carro esteja fora da posição usual... Não é tão divertido pra mim, mas todos têm sua opinião. Eu gosto de só ter um treino livre, ir direto pra classificação. Ter menos treinos acelera todo mundo. Mas na corrida classificatória você só quer permanecer seguro - avaliou, em coletiva de imprensa.

Max Verstappen em coletiva de imprensa do GP de São Paulo da F1 2022 — Foto: Bruna Rodrigues

A mudança foi apresentada em 2020, valendo para o ano seguinte, para tornar os fins de semana mais atrativos e lucrativos aos organizadores de cada etapa. Foi a maior modificação do formato de um grande prêmio na história recente da categoria; deixou-se de ter três treinos livres, com apenas um antecedendo classificação tradicional na sexta-feira e outro antecipando a corrida classificatória.

A corrida tem percurso menor que a prova do domingo, de 100 km, tendo até 30 voltas. As posições definem em quais lugares no grid cada piloto largará; além disso, há uma pontuação extra de até oito pontos para o vencedor e os outros sete pilotos mais rápidos.

Max Verstappen ganhou medalha por vitória em corrida classificatória do GP da Áustria — Foto: Bryn Lennon/Getty Images

Desde 2021, os GPs da Áustria, Inglaterra, Itália, Imola e São Paulo já sediaram as corridas sprint. Verstappen venceu três delas, em Silverstone (2021), Spielberg e Imola (2022).

Aproveitando Interlagos

Embora não seja tão fã do formato que enfrentará no Autódromo de Interlagos neste fim de semana, o atual bicampeão da F1 guarda boas lembranças do circuito paulista, tendo feito no Brasil a terceira participação em treino livre (pela STR, atual AlphaTauri) da carreira na edição 2014 da prova.

O piloto da RBR, que venceu em São Paulo uma vez em 2019, elegeu a curva 1 como sua favorita:

- A curva 1. Só é uma pena que mudaram algumas das zebras. Eu lembro quando fiz meu primeiro treino livre aqui, tínhamos as antigas zebras, eram mais planas. Dava pra passar por elas até a curva oito. Deixava tudo um pouco mais especial, mas não as temos mais.

Imagem aérea do Circuito de Interlagos, palco do GP de São Paulo de Fórmula 1 — Foto: Divulgação

Punição será motivação extra

A RBR recebeu na última corrida, nos EUA, a punição imposta pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA) pela infração ao teto de gastos da F1 em 2021. Questionado sobre o impacto da sanção - devido à perda de 10% no tempo de uso do túnel do vento, somada a mais uma perda que o time já teria por ter faturado o campeonato de construtores deste ano -, Verstappen pôs fé no potencial da equipe de conter os danos da penalização.

- Vai nos afetar, só não sei quanto ainda. Mas estou confiante de que a equipe pode usar isso como motivação extra para fazer ainda melhor. Claro, eles já têm dado seu melhor, temos um carro competitivo, muitas boas ideias, já para o próximo ano. Esperamos que seja suficiente - respondeu.

Infos e horários do GP de São Paulo - F1 2022 — Foto: Infoesporte

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