TIMES

Por Redação do ge — Monza, Itália


A vitória de Max Verstappen no GP da Itália, neste domingo, teve um fim um tanto quanto morno. Com o safety car acionado após quebra no carro de Daniel Ricciardo, o holandês chegou à 11ª vitória no ano sob bandeira amarela. A FIA explicou porque a prova não teve relargada após críticas do chefe da RBR, Christian Horner.

- Por mais que todo esforço tenha sido feito para remover o carro 3 (Ricciardo) rapidamente e recomeçar a corrida, a situação evoluiu. Os fiscais foram incapazes de colocar o carro no neutro e empurrá-lo para o traçado de escape - disse um porta-voz da entidade.

Do lado da RBR, Christian Horner rejeitou comparações entre os GPs da Itália e de Abu Dhabi (2021). Se a corrida em Yas Marina no ano passado tivesse terminado sob bandeira amarela, como previsto pelo regulamento esportivo da F1, Lewis Hamilton teria sido campeão.

Na ocasião, a direção de prova não manteve o safety car acionado na batida de Nicholas Latifi, a cinco voltas do fim, até a bandeirada. Os comissários só autorizaram cinco retardatários - que separavam Max e Lewis - a se realinharem, e também removeram o carro de segurança uma volta antes do indicado.

Max Verstappen cruza a linha de chegada no GP da Itália 2022 — Foto: Dan Mullan/Getty Images

Com pneus trocados sob a bandeira amarela, Verstappen ultrapassou Hamilton na última volta e levou o título mundial de 2021. Em julho deste ano, a FIA destituiu Michael Masi do cargo de diretor de prova.

Neste domingo, a FIA declarou que a falha na McLaren de Daniel Ricciardo não foi grave o suficiente para levar à instauração de uma bandeira vermelha em Monza.

- A segurança da operação de remoção é nossa única prioridade. O incidente não foi significativo o suficiente para requerer uma bandeira vermelha. A corrida terminou sob safety car seguindo os procedimentos concordados entre a FIA e todos os competidores. O timing do safety car em uma corrida não tem impacto neste procedimento - completou a FIA por meio de seu porta-voz.

Charles Leclerc se frustrou com o fim monótono do GP da Itália, mas reconheceu que o safety car não alterou o resultado de sua corrida. O monegasco vinha diminuindo a diferença para o líder Verstappen, mas já estava em segundo após ida aos boxes.

Charles Leclerc saúda torcida da Ferrari em Monza, no GP da Itália 2022 — Foto: Mark Thompson/Getty Images

Quando Ricciardo apresentou problemas, Charles e Max se anteciparam e colocaram novos pneus macios, de olho em uma relargada que não aconteceu.

- Queria que tivéssemos terminado correndo, mas infelizmente estávamos em segundo naquela posição, por causa do que aconteceu antes - disse Leclerc.

A F1 retorna daqui a duas semanas, em 2 de outubro, com o GP de Singapura. Caso vença a corrida e Leclerc termine no máximo em nono, Max Verstappen já pode se sagrar bicampeão mundial de forma antecipada.

Veja também

Mais do ge