Em abril, a esperança da Águia Grená se renovou com a parceria firmada com a empresa Air Golden, que contratou jogadores e treinador para a disputa da Série D. Mas o acordo durou apenas dois meses e terminou com o CAP na lanterna do Grupo A7 e na mira da Polícia Federal por suposta fraude em partida contra a Inter de Limeira.

Com problemas dentro e fora de campo, o Patrocinense está na reta final de uma temporada "para esquecer". Relembre os principais momentos:

+ Presidente do Patrocinense diz ter sido alertado de possível fraude antes de jogo
+ Empresa que administrava Patrocinense se isenta e levanta suspeita de fraude em outro jogo

• O Campeonato Mineiro começou de forma positiva para o Patrocinense. A equipe do Alto Paranaíba estreou com vitória sobre o Atlético-MG por 2 a 1 em casa e, na rodada seguinte, conseguiu um empate com o Uberlândia fora de casa.

• Porém, nas rodadas seguintes, o CAP perdeu força e terminou a primeira fase com a 10ª campanha, o que levou o time à disputa da repescagem contra o rebaixamento ao lado de Ipatinga e Democrata-GV.
• Antes da repescagem, o técnico Rogério Henrique deixou o comando da equipe. Célio Lúcio, ex-jogador do Cruzeiro, foi contratado para o cargo.
• Na estreia do triangular, derrota por 1 a 0 para o Democrata. Depois, o time perdeu por W.O. para o Ipatinga depois de não pagar a taxa de arbitragem da partida
• Dois dias depois, o CAP anunciou a desistência do Mineiro, alegando problemas financeiros. Com isso, o time foi automaticamente rebaixado para o Módulo 2.

• Mesmo com as dificuldades financeiras, o Patrocinense confirmou a participação na Série D do Campeonato Brasileiro. A vaga foi conquistada com a desistência do Democrata-GV.
• Para conseguir recursos, o clube firmou em abril uma parceria com a empresa Air Golden, administrada pelo empresário Anderson Ibrahim.
• Entre os nomes levados para o clube por Ibrahim, estavam o atacante Thiago Ribeiro, ex-Cruzeiro, e o técnico Estevam Soares, ex-Palmeiras e Botafogo.

• Mesmo com os reforços, a campanha do Patrocinense decepcionou na Série D. Nas seis primeiras rodadas, o time empatou dois jogos e perdeu quatro.
• No dia 28 de junho, o então presidente, Ronaldo Corrêa, renunciou ao cargo alegando problemas "pessoais e profissionais". O vice, Roberto Avatar, assumiu a cadeira.
• Na 6ª rodada, o CAP perdeu para a Inter de Limeira por 3 a 0, fora de casa. Um dia após a partida, o Patrocinense anunciou o fim da parceria com a Air Golden, demitiu Estevam Soares e dispensou parte do elenco.
• Na época, o clube alegou desacordo financeiro e mau desempenho para terminar com a parceria. Já Anderson Ibrahim afirmou que iria notificar o clube na Justiça por quebra de contrato.
• Toninho Cobra assumiu o comando técnico da equipe, mas foi liberado após quatro partidas, incluindo uma derrota por 6 a 0 para o São José-SP.
• Aos 23 anos, Vitor Bill, auxiliar permanente do clube, foi efetivado como treinador para as quatro últimas rodadas da Série D. Time é lanterna do Grupo A7, com 5 pontos.

• Mal dentro de campo, o Patrocinense ainda atingiu o ápice da crise fora dele. O clube entrou na mira da Polícia Federal por suspeita de manipulação de resultado na Série D.
• A partida que levantou suspeitas foi a derrota para a Inter de Limeira, na 6ª rodada. No jogo, o CAP sofreu três gols no primeiro tempo, um deles, contra.
• Conforme as investigações, um alto volume de apostas para que o Patrocinense sofresse dois ou mais gols no primeiro tempo foi registrado, o que levantou suspeitas.
• No dia 26 de junho, a PF deflagrou a Operação Jogo Limpo e cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Estado de São Paulo, nas cidades de Patrocínio, São José do Rio Preto-SP, São Paulo, Rio de Janeiro, Tanguá-RJ e Nova Friburgo-RJ.