Há oito edições seguidas, Ana Marcela Cunha sobe ao pódio dos Mundiais de Esportes Aquáticos. Depois do quarto lugar nos 10km e a vaga olímpica, nessa quarta, em Doha, no Catar, a baiana conquistou o bronze na prova dos 5km. Medalha de número 17 em Mundiais. Com sabor especial, afinal, vem depois de um ciclo de intensa mudança.
Ana Marcela conquista medalha de bronze no mundial de Doha
- Está sendo diferente (morar na Itália), e a gente está muito feliz. Eu acho que a gente está muito animada com essa mudança e com tudo que está acontecendo. Acho muito que esse resultado daqui me mostra que a gente tá também no caminho certo, de que fizemos escolhas certas e que eu me encaixei bem - disse Ana Marcela, que ainda tem chances de subir ao pódio novamente na madrugada desta quinta, na prova de 4x1.500 misto.
Ana Marcela Cunha fatura o bronze nos 5km das águas abertas no Mundial de Esportes Aquáticos em Doha, no Catar — Foto: Quinn Rooney/Getty Images
Desde junho de 2023, Ana Marcela Cunha passou a ser treinada pelo italiano Fabrizio Antonelli. Optou por disputar poucas competições, só o Mundial de Fukuoka e os Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023.
- Por isso, eu acho também que tive esse resultado bom. Eu talvez achava que não tinha treinado tanto para esse final de prova e, de repente, foi um final de prova muito leve. Então, foi bem bom. Acho que agora são seis meses para voltar para casa (na Itália), treinar bastante e continuar acreditando no trabalho, porque a gente já viu que está dando certo.
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A casa de Ana Marcela até Paris 2024 será longe do Brasil, mas a baiana vai aproveitar a visita ao país para um fato curioso: buscar a tinta do cabelo.
Ana Marcela Cunha com o bronze no Mundial de Doha — Foto: Adam Pretty/Getty Images
Qual visual de Paris 2024?
Quem não lembra de Ana Marcela com cabelos coloridos? A escolha de estar no Mundial com os cabelos naturais tem um motivo: não daria tempo de recuperar o cabelo para os processos burocráticos de terminar o período como atleta militar - cerca de dez dias entre o processo de colorir e precisar do "novo". Mas a tradição voltará para os Jogos Olímpicos.
- Com certeza, para a Olimpíada vai ter alguma coisa diferente. Ainda não (pensei), quando eu voltar para o Brasil eu já devo pegar algumas cores com o pessoal que eu conheço e levar para a Itália. Um dia antes da Olimpíada, vou criar, sei lá, o que vier na cabeça. É assim que eu sempre fiz. Eu que sempre faço os meus próprios, vou falar "looks", né? Mas, digamos, que meus próprios desenhos no cabelo ali de cores e tudo. É só na hora mesmo que vem na cabeça e eu faço - conclui Ana sem dar spoilers.
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