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Por Gabriel Fricke e Guto Rabelo — Direto de Lima, Peru


Ana Sátila conquista o bicampeonato pan-americano no C1 feminino — Foto: Fábio Canhete / Canoagem Brasileira

A manhã na província peruana de Lunahuaná, onde acontecem as provas da canoagem slalom, foi de muitas medalhas para o Brasil, e poderia ser ainda melhor se uma punição não tivesse tirado uma delas. Ana Sátila, no C1 feminino, e Pepê Gonçalves, no K1 masculino, venceram suas finais e garantiram a medalha de ouro. No C1 masculino, Felipe Borges foi bronze. E Omira Estácia - irmã de Ana Sátila - chegou a fazer tempo para a prata, mas a revisão de sua prova a faz terminar em último lugar.

Ana Sátila já tinha conquistado o ouro no C1 feminino nos Jogos de Toronto 2015, e agora se tornou bicampeã. Ela venceu a prova no Peru com o tempo de 95s35, sem penalidades. A prata foi da canadense Lois Betteridge (102s95), e o bronze ficou com a americana Michaela Corcoran (10s73). Além dos dois ouros no currículo, Sátila ainda tem uma prata no Pan de Toronto no K1.

- Esse Pan vai entrar para a história. Estou muito feliz. Esse circuito é muito difícil, então estou muito, muito contente, tive uma boa vantagem. Na semi também foram oito segundos. Fiquei focada em continuar minha descida e fazer uma prova sem penalidades, fiquei muito feliz por ser tanto tempo. Dedico à toda minha família, meu namorado, minha mãe que fica enlouquecida acompanhando - disse Ana Sátila.

Ana Sátila com a medalha de ouro na canoagem slalom no Pan-Americano Lima 2019 — Foto: Gabriel Fricke

No K1 masculino, Pepê Gonçalves foi mais um brasileiro a confirmar o favoritismo e levar a medalha de ouro. Ele tinha sido prata na mesma prova em Toronto 2015. No Peru, venceu a prova com 85s81, seguido pelo argentino Lucas Rossi (86s23) e pelo canadense Keenan Simpson (88s45).

- Essa medalha vale mais do que ouro, vale 13 anos de luta, de investimento em um sonho, investimento emocional, de abrir mão de muita coisa. Saí de casa muito novo. Amarguei derrotas, fiquei fora de Londres-2012 por 13 centésimos. Amarguei uma prata em Toronto. Chegar aqui e subir no topo do pódio representa muita coisa para mim. Na hora que cheguei na linha de chegada imaginei um caminhão de gente na linha de chegada, levei todo mundo que torce por mim - disse Pepê.

Pepê Gonçalves, que havia sido prata em Toronto 2015, leva o ouro em Lima no K1 — Foto: Fábio Canhete / Canoagem Brasileira

Ana Sátila e Pepê Gonçalves ainda podem repetir o feito à tarde neste domingo. A partir de 16h45 (de Brasília), os dois iniciam as disputas das semifinais no K1 Extremo, com as finais tanto no masculino como no feminino também neste domingo.

Pepê Gonçalves chora no pódio ao ouvir hino brasileiro no Pan de Lima — Foto: Pedro Ramos/ rededoesporte

Felipe Borges foi bronze na final do C1 masculino com o tempo de 91s39. Ele foi superado na final pelo americano Zachary Lokken (90s69) e pelo argentino Sebastian Rossi (90s80). Felipe já tinha obtido o mesmo resultado em Toronto 2015, quando também foi bronze na mesma prova.

- Não estou muito feliz porque minha expectativa era pelo ouro. Mas vou erguer a cabeça, ficar contente e ficar focado no Mundial. É uma medalha a mais e um motivo para eu continuar remando - disse Felipe Borges após receber a medalha de bronze.

Felipe Borges com a medalha de bronze em Lima — Foto: Gabriel Fricke

Prata escapa após punição

A primeira leva de finais neste domingo na canoagem slalom poderia ter terminado com uma prata para o Brasil e com a marca de uma medalha conquistada em cada uma das finais. Mas não foi assim. No K1 feminino, Omira Estácia terminou com o segundo melhor tempo (102s74), mas logo depois a organização anunciou que revisaria sua prova. Na sequência, constataram que ela não havia feito corretamente uma das balizas e a puniram com um acréscimo de 50s. Assim, terminou com o último tempo na final.

A medalha de ouro foi da americana Evy Leibfarth, enquanto a prata passou a ser da argentina Nadia Riquelme. A mexicana Sofia Reinoso ficou com o bronze.

O Pan de Lima

O Pan de Lima reúne cerca de 6.580 atletas de 41 países das Américas. Dos 39 esportes, 22 valem como classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. No total, o Brasil terá 485 atletas em ação na capital do Peru. E os canais SporTV transmitem ao vivo os principais eventos até o dia 11 de agosto.

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