Rafael Lacerda lamenta revés para a Chapecoense em casa e diz: "Temos que sentir a derrota"

Amazonas sofreu a segunda derrota sob o comando do técnico Rafael Lacerda. Perdeu em casa, por 1 a 0 para a Chapecoense

Por Ana Bentes* — Manaus, AM


Amazonas sofreu a segunda derrota sob o comando do técnico Rafael Lacerda. Perdeu em casa, por 1 a 0 para a Chapecoense, em duelo da décima rodada da Série B do Brasileiro.

De olho o próximo duelo, que é contra o Novorizontino, fora de casa, o treinador disse que o elenco tem que sentir e aprender com a derrota. Mas, no primeiro treino da semana, virar a página, e pensar no jogo seguinte.

- O jogador tem que sentir a derrota, não tem que virar a página hoje (dia do jogo), para sabermos o que fizemos de errado, não só comissão técnica. Temos um grupo experiente, maduro. Pensar no Novorizontino, montar a equipe da melhor maneira possível, para irmos até São Paulo, tentar buscar uma vitória, um resultado positivo. É um campeonato muito rápido, é jogo atrás de jogo - afirmou Lacerda.

Rafael Lacerda restreiou no Amazonas com vitória na Série D — Foto: João Normando/AMFC

Para o treinador, o Amazonas fez tempos distintos na partida. Foram 21 chutes e apenas dois no gol. A Onça teve claras dificuldades de fazer o goleiro adversário trabalhar. As melhores oportunidades do time foi um chute de Serafim, no início, a cabeçada de Diogo Silva na trave, nos acréscimos do segundo tempo.

- Fazendo uma análise rápida, achei o time muito bem no primeiro tempo, com muito volume. Apesar de não ter feito o goleiro trabalhar tanto na finalização, tivemos uma chance claríssima com o Serafim, em uma competição tão difícil como essa, não podemos desperdiçar essas oportunidades - comentou.

Amazonas perde por 1 a 0 para a Chapecoense — Foto: João Normando/Amazonas FC

No segundo tempo, quando perdia por 1 a 0, a Onça ainda ficou com um a mais aos 31 minutos. Giovanni Augusto, da Chapecoense, foi expulso. Mesmo com a vantagem numérica o time não conseguiu empatar.

Lacerda destaca que a tomada de decisões precisa ser um dos fatores principais a ser melhorado.

- Muita circulação de bola, às vezes uma circulação lenta e não tivemos paciência de circular com mais velocidade para abrir os espaços. A gente tem pouco tempo para trabalhar, precisa ser trabalhado muita coisa, principalmente nessa questão de tomada de decisão - disse.

Confira outros pontos da coletiva:

  • Falha defensiva e o gol sofrido

- Sabíamos da dificuldade que íamos encontrar aqui, uma equipe que vinha pressionada, assim como nós também estamos. Mas eu sabia da estratégia, infelizmente chegamos na bola parada, onde a gente treina. É ruim fazer um jogo como fizemos, com volume e acabar tomando um gol de bola parada.

  • Pouco tempo para treinar finalizações

- Tem vários fatores, a pressão do jogo, o jogador não está treinando muito finalização. O ataque que jogou, Sassá, Serafim, Tavares, treinaram dois dias, teve dois dias de recuperação. Eles têm um dia para fazer um trabalho mais forte, que não conseguimos fazer nessa sequência de jogos, treinamentos específicos para finalização e isso faz falta. É caprichar um pouco mais, porque volume estamos tendo.

  • Busca pelo equilíbrio

- Temos que achar um meio termo. Estamos oscilando muito nos jogos. Acho que o jogo do Mirassol talvez tenha sido o jogo mais equilibrado da nossa equipe. Contra o Operário, já oscilamos muito, jogamos mal o primeiro tempo, jogamos bem o segundo. O Brusque também teve oscilações e hoje na minha opinião, a gente oscilou muito.

*Estagiária sob supervisão de Rômulo Almeida