+ Brasil garante vaga por equipes na ginástica feminina das Olimpíadas
+ Brasil fica fora por equipes no masculino, mas leva duas vagas olímpicas
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A classificação por equipes (de cinco ginastas) é o principal caminho para Paris 2024 na ginástica artística. Apenas para os ginastas de países que não garantirem vagas por equipes, há ainda a classificação individual, com o máximo de três postos por país por gênero.

Classificação por equipes
Em cada gênero, 12 equipes vão disputar as Olimpíadas de 2024.

• Critério 1 - Mundial de Liverpool 2022 - O primeiro torneio classificatório foi o Mundial de Liverpool, no ano passado, quando os times medalhistas já se garantiram nos Jogos (China, Japão e Grã-Bretanha no masculino; e Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá no feminino).
• Critério 2 - Mundial da Antuérpia 2023 - As outras nove vagas em cada gênero foram distribuídas na classificatória do Mundial da Antuérpia. Foi na Bélgica que o Brasil classificou a equipe feminina. Além das brasileiras, se garantiram: China, Itália, Holanda, França, Japão, Austrália, Romênia e Coreia do Sul. No masculino, classificaram-se Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Itália, Suíça, Espanha, Turquia, Holanda e Ucrânia.

Classificação individual
Há cinco caminhos para os ginastas garantirem vagas individuais.

• Critério 3 - Mundial da Antuérpia 2023, através das equipes - as três melhores equipes de cada gênero que não se classificaram para as Olimpíadas no Mundial da Antuérpia tiveram direito a uma vaga individual. Essa vaga é do país, não é nominal. No masculino, o Brasil conquistou uma vaga, além de Coreia do Sul e Bélgica. No feminino, Alemanha, México e Hungria levaram a vaga.
• Critério 4 - Mundial da Antuérpia 2023, através do individual geral - nove vagas no masculino e 15 no feminino foram distribuídas com base no ranking da classificatória do individual geral do Mundial da Antuérpia, com o máximo de uma vaga por país por gênero. Ginastas de países classificados pelos critérios 1 e 2 não são elegíveis. No masculino, o brasileiro Diogo Soares se classificou, além de Milad Karimi (Cazaquistão), Artem Dolgopyat (Israel), Artur Davtyan (Armênia), Krisztofer Meszaros (Hungria), Jun-ho Lee (Coreia do Sul), Luka van den Keybus (Bélgica), Andrei Muntean (Romênia) e Leo Saladino (França, com a vaga de país-sede). No feminino se classificaram Kaylia Nemour (Argélia), Pauline Schaefer (Alemanha), Alexa Moreno (México), Filipa Martins (Portugal), Aleah Finnegan (Filipinas), Bettina Czifra (Hungria), Alba Petisco (Espanha), Anna Lashchevska (Ucrânia), Lena Bickel (Suíça), Hillary Heron (Panamá), Caitlin Rooskrantz (África do Sul), Sona Artomonova (República Tcheca), Lihie Raz (Israel), Lucija Hribar (Eslovênia) e Rifda Irfanaluthfi (Indonésia).
• Critério 5 - Mundial da Antuérpia 2023, através das disputas por aparelhos - o melhor ginasta de cada aparelho no Mundial da Antuérpia, ainda não classificado pelos critérios 1, 2 ou 4, vai se classificar para as Olimpíadas. São seis aparelhos masculinos e quatro femininos. A vaga do critério 5 é nominal. Garantiram entre os homens Carlos Yulo no solo (Filipinas), Rhys McClenaghan no cavalo (Irlanda), Eleftherios Petrounias nas argolas (Grécia), Kevin Penev no salto (Bulgária), Noah Kuavita nas paralelas (Bélgica) e Tin Srbic na barra fixa (Croácia). Entre as mulheres, se classificaram Csenge Bacskaya no salto (Hungria), Ahtziri Sandoval nas barras (México), Ana Perez na trave (Espanha) e Sarah Voss no solo (Alemanha).
• Critério 6 - Copas do Mundo de 2024 - os dois melhores ginastas de cada aparelho no ranking das etapas de 2024 da Copa do Mundo vão se classificar para as Olimpíadas, totalizando 12 vagas no masculino e oito no feminino. Ginastas de países classificados pelos critérios 1 e 2 ou classificados pelos critérios 4 e 5 não são elegíveis. A vaga do critério 6 é nominal.
• Critério 7 - Campeonatos Continentais de 2024 - o melhor ginasta do individual geral de cada um dos cinco campeonatos continentais de 2024 vai garantir uma vaga nas Olimpíadas, totalizando cinco vagas por gênero. Ginastas de países classificados pelos critérios 1 e 2 ou classificados pelos critérios 4, 5 e 6 não são elegíveis. A vaga do critério 7 é nominal.

A equipe feminina do Brasil, com cinco ginastas, se classificou para Paris 2024 ao avançar para a final por times no Mundial da Antuérpia 2023. Diogo Soares conquistou vaga em Paris pelo seu desempenho no individual geral no Mundial da Antuérpia 2023. Com a equipe em 13º lugar neste Mundial, o Brasil não se garantiu com o time completo em Paris 2024 (apenas os 12 primeiros colocados classificaram equipe), mas somou outra vaga, individual, para um atleta ainda a ser definido.

A competição de ginástica artística de Paris 2024 vai ser realizada entre 27 de julho e 5 de agosto de 2024 na Bercy Arena.

- 27 de julho - classificatórias masculinas
- 28 de julho - classificatórias femininas
- 29 de julho - final por equipes masculinas
- 30 de julho - final por equipes femininas
- 31 de julho - final individual geral masculina
- 1º de agosto - final individual geral feminina
- 3 de agosto - finais por aparelhos (solo masculino, salto feminino, cavalo com alças e barras assimétricas)
- 4 de agosto - finais por aparelhos (argolas, salto masculino e solo feminino)
- 5 de agosto - finais por aparelhos (barras paralelas, barra fixa e trave)

As apresentações das classificatórias valem tanto para definir os finalistas das provas individuais como para a final por equipes.

A classificatória por equipes é realizada no formato 5-4-3, em que cada equipe é composta por cinco ginastas, com quatro deles competindo por aparelho e as três melhores notas sendo computadas para o somatório final. Na final com oito equipes, por outro lado, não há nota de descarte: três ginastas se apresentam por aparelho e todas as notas são válidas.

A final do individual geral conta com 24 ginastas, enquanto as finais por aparelho têm apenas oito ginastas. Há sempre um limite de dois ginastas por país nas decisões individuais.