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Antes de chegar ao Verdão, inclusive, o jogador foi o centro de disputa dos rivais São Paulo e Corinthians. Entre o fim de 2014 e início de 2015, ele acertou salários e luvas com o Timão, enquanto o Tricolor negociou diretamente com o Dinamo de Kiev, clube da Ucrânia que era dono dos direitos econômicos.

Dudu, na época, falou do desejo de concretizar a transferência para o Corinthians, que avançou na negociação e ficou a uma assinatura de se mudar. O atleta teve até o processo burocrático para conseguir o visto americano às custas do clube alvinegro, porque o Timão fez pré-temporada nos Estados Unidos.

Quase oficializado pelo Corinthians, Dudu mudou de rumo quando o Palmeiras, que não era apontado como candidato, entrou na negociação e rapidamente conseguiu acerto com todas as partes.

No Palmeiras desde janeiro de 2015, Dudu se tornou rapidamente um símbolo da reconstrução palmeirense. Com isso, as propostas para tirá-lo do Verdão foram inevitáveis.

No ano seguinte à sua contratação, o Palmeiras recebeu as primeiras investidas do exterior. No meio de 2016, o Jiangsu Suning, da China, ofereceu 8 milhões de dólares, e no final daquele ano, o Shenzhen, também da China, apresentou uma proposta de 9 milhões de dólares.

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Desde então, Dudu e Palmeiras passaram a conviver com ofertas tentadoras. O ano de 2018 foi o de maior assédio. Pelo menos cinco propostas chegaram, e uma delas quase fez o atacante sair.

Em julho daquele ano, o Shandong Luneng, da China, ofereceu 12 milhões de euros. Na época, o Verdão estava em excursão para Panamá e Costa Rica, onde disputou amistosos durante a Copa do Mundo. Por causa da oferta, o atacante não participou do último treino daquele período de viagem e não entrou em campo contra a Alajuelense.

O então presidente Mauricio Galiotte decidiu segurar o atleta por considerá-lo importante para a equipe.

No fim de 2018, o mesmo clube chinês voltou à carga com mais dinheiro e fez a diretoria se esforçar mais uma vez pela sua manutenção.

Em 2020, porém, a saída foi inevitável. Em meio a uma acusação de agressão da sua ex-mulher, em processo que terminou com Dudu sendo inocentado pela Justiça, o atacante aceitou um empréstimo de um ano com opção de compra do Al Duhail, do Catar.

Depois de 36 jogos, 15 gols e 17 assistências, ele não teve a compra efetivada, algo que era aguardado por todas as partes envolvidas, e retornou ao Palmeiras. Em 2021, ele ainda ajudou na conquista da Conmebol Libertadores diante do Flamengo.

Em 2022, Dudu completou 30 anos, e as grandes ofertas se tornaram mais raras. Ainda importante para o Verdão naquele ano, com participação nos títulos brasileiro, paulista e da Recopa Sul-Americana, ele renovou o contrato até o fim de 2025.

Na época, porém, houve certo desgaste entre a presidente Leila Pereira e os empresários do jogador. Com a proposta assinada, a dirigente ameaçou não seguir com a negociação e manteve as condições apresentadas inicialmente ao atleta, que aceitou a prorrogação.

Uma grave lesão em agosto de 2023 o tirou dos gramados por 10 meses, e a expectativa era de que ele retornasse na quinta-feira passada, diante do Vasco, no Allianz Parque. O atacante não saiu do banco de reservas, e a essa altura já negociava com o Cruzeiro.

O Palmeiras deu o aceite para vender Dudu por 4 milhões de dólares, só que o jogador recuou pouco depois de o clube mineiro anunciá-lo, no último sábado. Em entrevista na segunda-feira, a presidente Leila Pereira disse considerar o atacante como negociado e que o ciclo no Verdão havia se encerrado. Era o que parecia ser um ponto final, mas faltava a posição do atleta - que poderia desistir do acordo, afinal.

Horas antes da vitória sobre o Atlético-MG, Dudu utilizou as redes sociais para dizer que fica no Palmeiras e descarta o ciclo como encerrado. O Cruzeiro, no mesmo momento, retirou a proposta.

Os atletas do Verdão, por sua vez, apoiaram o camisa 7, e Abel Ferreira - na coletiva ao fim da partida - deu o último e mais recente abraço de reconciliação a Dudu. Ao ser questionado sobre como lidar com o atleta depois dos acontecimentos, o técnico resumiu:

– Como Deus lida conosco. Quem nunca errou, que atire a primeira pedra.

• 2016

Meio do ano:
- Jiangsu Suning (China): € 8 milhões + bônus

Fim do ano:
- Shenzhen (China): € 9 milhões

• 2017

Meio do ano:
- Al Jazira (Emirados Árabes): US$ 8 milhões + bônus

• 2018

Começo do ano:
- Changchun Yatai (China): R$ 50 milhões

Meio do ano:
- Al Ittihad (Arábia Saudita): US$ 9 milhões
- Pyramids (Egito): € 10 milhões + bônus
- Shandong Luneng (China): € 15 milhões

Fim do ano:
- Al Shabab (Emirados Árabes): US$ 9 milhões + bônus
- Shandong Luneng (China): € 15 milhões + bônus

• 2019

Meio do ano:
- Al Ahli (Emirados Árabes): US$ 8,5 milhões + bônus
- Almería (Espanha): € 7,5 milhões + bônus

• 2020

Meio do ano:
- Al Duhail (Catar): € 7 milhões (empréstimo)

• 2024

Meio do ano:
- Cruzeiro (Brasil): US$ 4 milhões

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