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Por Eduardo Rodrigues — São Paulo


Abel Ferreira repetiu durante sua entrevista após a vitória por 2 a 0 sobre o Vasco que o Palmeiras não pode mais vender jogadores. Endrick se despediu no início do mês, e nesta quinta-feira foi a vez de Luan e Luis Guilherme encerrarem suas trajetórias pelo clube.

– Já fizemos muito dinheiro e muita venda, agora chega. Essa não é minha função, a minha é achar as alternativas. Perdemos um, mas ganhamos outra. Eu sei que os marinheiros mais novos estão afim de remar para o mesmo lado – declarou.

Abel Ferreira em Palmeiras x Vasco — Foto: Marcos Ribolli

– Posso compartilhar com vocês que na Europa e até em Portugal mesmo tem dirigentes ligando para saber dos nossos jogadores. Mas não podemos mais. Veio para o Murilo e não posso deixar sair, Veiga, Rony, Zé Rafael, Piquerez, para o Flaco López e não posso deixar sair.

– Equipe fresca, tempo para treinar. Vendas fechadas, quem vai vir está fechado. Empresário e dirigentes que ligarem esqueçam. Ninguém mais sai. Só se pagar a cláusula, aí não tenho o que fazer. Caso contrário vai continuar todo mundo aqui. As portas da Europa estão abertas e não vai mais sair. Isso foi falado com os jogadores, esqueçam saída – completou.

Além da negociação de Endrick, realizada ainda no fim de 2022, o Palmeiras finalizou nesta semana as transferências de Luan para o Toluca, do México, e Luis Guilherme para o West Ham, da Inglaterra.

O técnico contou que mais jogadores receberam ofertas recentemente, mas houve o aviso de que novas saídas apenas mediante o pagamento de multa rescisória.

Em contrapartida, Felipe Anderson já está contratado para o segundo semestre, e o lateral-direito/meio-campista Agustín Giay, do San Lorenzo, da Argentina, está perto de ser anunciado.

O clube ainda está no mercado e também prepara o retorno de Dudu aos campos. Fora de combate desde agosto, quando passou por cirurgia no joelho direito, o camisa 7 foi relacionado pela primeira vez nessa quinta.

– Vocês sabem que temos um perfil muito específico de jogadores, fomos buscar o Artur, alguns falavam que estava velho. Neste momento um jogador que entra no Palmeiras, se vale 5 milhões, vai passar a valer 7 só pela marca Palmeiras. Temos que ver isso. Ele pode ser vendido por 30, 40, 50 milhões de euros. Palmeiras é um clube que paga as suas dívidas, aos agentes, funcionários, treinadores, paga suas responsabilidades e às vezes não podemos contratar determinado jogador... Claro que o treinador tem que entender essa função.

– Eu queria ficar com Endrick, Luis e Estêvão, não sou burro. Quando vêm propostas irrecusáveis eu vou ter que fazer tudo de novo. Nós não pensamos lá na frente, o Mundial vem daqui a um ano. Nosso plano é preparado no fim do ano. Se tiver oportunidade de mercado... Tudo é uma questão de entrar no perfil meu, do Barros e Leila. Pensamos no agora, ficando melhor mesmo com as saídas. É função do treinador – completou.

Na avaliação do técnico, o Palmeiras voltou a apresentar uma intensidade nos primeiros minutos de jogo contra o Vasco que há tempos o Verdão não demonstrava.

– A moeda europeia é forte e é difícil segurar. As possíveis chegadas eu só gostaria de falar quando eles chegarem, quem está certo é o Felipe Anderson. Alguns jogadores baixaram o ritmo mesmo e é normal. Fazia muito tempo que a gente não tinha uma intensidade tão grande nos 25 minutos iniciais. Teve dinâmica, qualidade... Fomos agressivos. Nessa equipe, quando falta técnica, vai na transpiração. Não posso negar que o vento está forte, queremos ir naquele sentido e temos que ajustar as velas.

Com a vitória dessa quinta, o Palmeiras chegou 14 pontos após oito rodadas no Brasileiro, na sexta colocação, a três dos líderes Flamengo e Bahia.

O time volta a campo na próxima segunda-feira, quando visita o Atlético-MG.

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