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Por Marcello Neves — Rio de Janeiro


Mário Bittencourt diz que Marcão deve ser o treinador do Fluminense até o fim do ano -

Mário Bittencourt diz que Marcão deve ser o treinador do Fluminense até o fim do ano -

O Fluminense não pensa em contratar um novo treinador para o lugar de Fernando Diniz, demitido na segunda-feira. Ao menos nesse momento. É o que revelou o presidente Mário Bittencourt nesta terça.

O presidente tricolor disse que pretende manter o auxiliar Marcão como técnico interino até o fim desta temporada.

- Até o dia de hoje não pensamos em treinador, não conversamos com staff nenhum. A gente tem nossa filosofia de trabalho para deixar as pessoas aqui em paz. A tendência é que o Marcão siga até o final da temporada.

Marcão deve comandar o Fluminense até dezembro — Foto: André Durão/ge

Na entrevista coletiva em que explicou a demissão de Fernando Diniz, Mário elogiou o trabalho de Marcão como auxiliar permanente e disse confiar no profissional.

- O que a gente tem aqui é um técnico permanente, que é o Marcão. Todas as vezes que ele assume eu falo. O Marcão é muito qualificado, competente, estudioso, tem todas as licenças e um cara com resultados muito importantes. "Bom, por que ele não foi efetivado?". É um acordo que a gente tem. Ele é um cara muito importante para os momentos das saídas dos treinadores. Por que a gente sempre efetiva o Marcão na saída dos treinadores? Porque o trabalho dele aqui é diário junto do treinador que está aqui. Em todas as vezes que a gente conversou ele falou: "Minha função é ajudar nos momentos de dificuldade". Muitas vezes ele dá treino para os não relacionados em horários diferentes. A gente tem um processo decisório longo. O Marcão participa de todos os treinos dos treinadores do Fluminense. Quando o Fernando foi para a Seleção, quem treinava o time era o Marcão.

Mário recordou o histórico de Marcão à frente do time principal do Fluminense e reforçou que o clube não busca um novo treinador no momento. Segundo o dirigente, a ideia é passar tranquilidade para Marcão trabalhar.

- Os treinadores trazem seus auxiliares e levam quando vão. Sempre imaginei ter um técnico interno para que tudo de bom do trabalho não fosse jogado no lixo com uma mudança de comando. É mais fácil dar certo se tiver alguém participando desse trabalho. Nas vezes que o Fernando não estava no banco por expulsão era o Eduardo Barros e o Marcão. Em 2019, ele assumiu o time em setembro e ficou até dezembro. Eu entrei num mandato tampão com o time brigando para não cair. O Marcão inseriu conceitos dele. Fizemos 16 jogos, ganhamos seis, empatamos seis e quatro derrotas. No final, nos classificamos para a Sul-Americana. A outra passagem foi na saída do Odair. Fez 12 partidas, seis vitórias, quatro empates e duas derrotas e nos classificamos para a Libertadores. Contratamos o Roger, que desenvolveu o trabalho e saiu depois da eliminação na Libertadores. E aí o Marcão vai até o fim do Brasileiro de 2021.

- O treinador que assumiu o time é da casa, permanente e que nos entregou em três anos a saída de rebaixamento e duas classificações para a Libertadores. Queria muito que vocês respeitassem. Ele é muito competente. Em 2009, eu entrei com o Cuca. O clube tinha 16 pontos na quarta rodada do returno. Fui convocado para a gerência de futebol. O clube tinha 99% de chance de cair. Felizmente deu certo, obviamente não foi por minha causa. Ajudei um pouco. Foi muito pelo trabalho do Cuca. A nossa ideia principal é dar tranquilidade ao Marcão. As coisas podem mudar, mas não é nossa intenção. O time vai voltar a vencer.

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