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Por Bárbara Mendonça — Rio de Janeiro


Confira a coletiva de imprensa de Diniz após Fluminense X Atlético-GO

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O Fluminense perdeu mais uma vez no Brasileirão. Desta vez, a equipe sofreu a virada para o Atlético-GO, por 2 a 1, no Maracanã, em partida válida pela nona rodada do Brasileirão, neste sábado. Depois de sair na frente no placar com Ganso, o Tricolor sofreu a virada nos acréscimos do segundo tempo.

Durante toda a partida, o elenco do Fluminense foi vaiado no Maracanã. Os xingamentos a Diniz e aos jogadores se intensificaram após o Atlético-GO empatar a partida, antes mesmo do gol da virada do Dragão aos 47 do segundo tempo. O treinador deu razão aos protestos da torcida.

Fluminense 1 X 2 Atlético-GO | Melhores Momentos | Brasileirão 2024

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— Se a torcida me xingar e vaiar o time do início ao fim, ela está certa. Nós não temos entregado o que eles merecem. A torcida do Fluminense precisa de mais. Tenho uma frustração em não entregar o que eles merecem. Eu tenho um carinho enorme por eles e sei o que precisa. Sei o que estou fazendo. O nosso jeito de jogar está sendo questionado porque estamos com resultados ruins.

Fernando Diniz disse que está trabalhando para arrumar soluções e tirar o Fluminense dessa "situação péssima" no Brasileirão.

— Não é uma pergunta fácil de ser respondida (o que precisa melhorar?). Precisamos melhorar muita coisa. Trabalhamos muito, acredito muito nos jogadores para sairmos dessa situação péssima no Brasileirão. É trabalhar para encontrar soluções — analisou o treinador.

Fernando Diniz - Fluminense x Atlético-GO — Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE FC

O segundo gol do Dragão saiu aos 49 minutos do segundo tempo. Antes mesmo da virada, aos 47, o lateral-direito Guga mostrou nervosismo ao levar cartão no banco de reservas - ele não entrou em campo na partida. Ao ser filmado depois do amarelo, o atleta deu um tapa na câmera. Em outro caso, logo após o apito final, Felipe Melo empurrou o assessor de imprensa do Atlético-GO.

Ao longo da partida, os jogadores do Fluminense e o técnico Fernando Diniz vinham sendo muito criticados pela torcida no Maracanã. Houve vaias desde antes do jogo. A reclamação se intensificou depois do empate do Atlético-GO, com xingamentos a Diniz e gritos de "time sem vergonha".

— O Felipe é um cara que tenho relação positiva. Tenta defender o clube. Eu não vi o lance. Se ele errou, algo que pode ter acontecido, mas é um cara que veste a camisa do Fluminense de corpo e alma. É saber colocar a cabeça no lugar.

Confira a confusão após a partida Fluminense X Atlético-GO

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Ao ser perguntado se o Fluminense estava na hora de mudar o estilo de jogo, Fernando Diniz disse que o questionamento era oportunista. O treinador afirmou que perguntas sobre a maneira que o time joga só são feitas quando a equipe tem resultados ruins.

— Desde que comecei a minha carreira em 2009, essa é a pergunta que eu mais ouvi. Talvez você queira que mude (o estilo de jogo). Você já me ouviu muitas vezes falar sobre isso. É uma pergunta oportunista. Quando ganhamos, é um remédio. Quando perdemos, é um veneno. Não é nem remédio, nem veneno. É um jeito de jogar. É o jeito que alguém acredita, se dedica uma vida.

Sobre a derrota para o Atlético-GO, o treinador do Fluminense disse que viu uma equipe abaixo na criação, mas segura defensivamente no primeiro tempo. Diniz atrelou a falta de criatividade à queda de confiança que o time tem pelos resultados negativos.

— Fizemos uma partida abaixo na criação. Estávamos seguros defensivamente. Não tínhamos sofrido nada no primeiro tempo. O principal motivo é a queda de confiança que o time tem pelos resultados adversos. Todo mundo querendo acertar, mas estamos errando tecnicamente muitas coisas que o time não costuma errar — disse Fernando Diniz que completou:

— E se erramos muitos passes, o time não consegue criar situação de gol. Estamos trabalhando nisso para que os jogadores tenham um pouco mais de confiança para poder passar por esse momento. A parte que mais confio é a capacidade de o time se juntar e fazer coisas difíceis.

“A esperança no Diniz 2024 acabou”, decreta Phill | A Voz da Torcida

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Veja outros trechos da coletiva

Elenco tem problemas de relacionamento?
— Não, pelo contrário. O que o time tem de bom é que é extremamente unido e está passando dificuldade. Já mencionamos em outras entrevistas. Em seis meses neste ano, a gente está jogando abaixo do ideal. O que você questionou é um dos pilares do time, daí acredito que vamos encontrar a melhor forma de jogar para sair dessa situação.

Má fase de Cano
— O Cano também está passando por um momento difícil, é acostumado a fazer muitos gols, principalmente depois que cheguei. Ele viveu o apogeu da carreira até agora no ano passado. Quando acontece esse tipo de evento é sempre mais difícil retomar. Ele está se esforçando. É um jogador que a gente acredita. Todo mundo voltou com atraso por causa da temporada do ano passado. Quando ele voltou, teve problema no joelho. Sentiu o adutor contra o Juventude. O Cano desde que chegou não ficava de fora de jogo nenhum. Estava tudo um pouco mais fácil para ele. É um cara que a gente é grato a ele, é um grande ser humano. A gente tem que continuar lutando e lutando junto.

Jogadores têm dificuldade com o sistema?
— O sistema de jogo é atual desde 2022. Não é atual, é o que jogamos. Tem outros elementos acontecendo. A gente está aprendendo a conviver com as coisas que conquistamos ano passado. A Libertadores, este ano conquistamos a Recopa. Neste momento, o time está oscilando muito para baixo. Temos que trabalhar em todas as frentes para achar o prumo, a melhor maneira de encarar esse momento e reconquistar a confiança com os treinamentos e os jogos.

Público pequeno e comportamento da torcida
— Claro que é melhor quando a torcida está apoiando. Não tem como pelo o que estamos apresentando, a torcida encher o estádio e não me questionar e questionar as coisas que estão acontecendo. Temos que saber entender. Seria melhor se estivéssemos vivendo outro momento e o estádio cheio, conosco jogando melhor. O time precisa ser melhor. O problema do Fluminense não é a torcida, é o time. O time tem que melhorar para a torcida voltar e nos incentivar como fez desde que cheguei aqui.

Saída de bola curta
— Não tivemos problema com bola curta. O Fábio cometeu um erro na saída contra o São Paulo e Juventude, cometeu. Mas se colocar na balança o tanto de gol que fizemos quando o Fábio saiu jogando com o pé você vê que é imensamente superior. Hoje não teve problema. Temos que saber melhorar no que sabemos fazer bem. Nunca na minha ideia é para o time sair jogando quando não é possível. Treinamos para os jogadores reconhecerem e interpretarem a hora de saírem com bola curta ou longa.

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