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Por Bárbara Mendonça, Gustavo Garcia e Marcello Neves — Rio de Janeiro


A decisão de que John Kennedy, Alexsander, Kauã Elias e Arthur seriam afastados por causa de atos de indisciplina só veio a público na tarde desta terça-feira. Porém, o Fluminense já sabia que isso aconteceria algumas horas antes. A festa num hotel na Barra da Tijuca, considerada "muito fora do tom", incomodou até mesmo lideranças do elenco e foi o estopim para a punição mais dura.

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O Fluminense ficou ciente da farra horas depois da vitória sobre o Vasco, no último sábado, pelo Brasileirão. A decisão de advertir os atletas demorou a sair porque o clube quis investigar o caso e dar a chance de os atletas se defenderem. Após ambas as apurações serem concluídas, ficou decidido pelo afastamento.

A principal dúvida, tanto do Fluminense quanto da segurança do hotel, dizia respeito à forma encontrada pelas mulheres para entrar no local O ge apurou que a resposta veio através de uma consulta às câmeras de segurança: um quarto, em andar diferente de onde estavam os jogadores do elenco, foi reservado para elas. A informação também foi divulgada pelo 'Canal do Lessa'.

A festa aconteceu num andar muito acima dos quartos da delegação tricolor, para passar longe do monitoramento dos seguranças do Fluminense. Por exemplo, caso um hóspede qualquer quisesse visitar o quarto onde os jogadores estão dormindo, não conseguiria. Porém, mesmo longe, moradores reclamaram do barulho para a administração do hotel, que investigou e flagrou o ocorrido.

O assunto pegou muito mal dentro do Fluminense devido ao contexto. Na tarde anterior, ainda no CT Carlos Castilho, Fernando Diniz e as principais lideranças do elenco pediram para que a concentração fosse feita. O clube não vivia um bom momento em clássicos (não vencia os rivais havia 13 partidas, a pior marca de sua história), e bater o Vasco aliviaria as críticas. Mesmo com todos os pedidos por foco, a festa aconteceu.

As mesmas lideranças pediram uma advertência aos jogadores envolvidos quando o caso veio à tona.

carrossel afastados fluminense — Foto: ge

Os estafes dos atletas foram pegos de surpresa e se surpreenderam com a decisão tomada pelo Fluminense. Os jogadores não esperavam que a história vazaria e mantêm silêncio desde então nas redes sociais.

John Kennedy e Alexsander são casos reincidentes de problemas de disciplina. Não é a primeira vez que levam advertências, esta sendo a mais grave até aqui. Mas a presença de Kauã Elias chamou a atenção. Inclusive, ele tem sido alvo de debate: com 18 anos, era para estar no Sub-20 sendo o principal nome da equipe e se desenvolvendo. Mas, após a renovação contratual, permaneceu no elenco profissional e, além de ter poucos minutos em campo, agora está afastado.

Positivamente, o atacante Marquinhos teve a conduta elogiada. Apesar de ser bem próximo de alguns dos envolvidos, não esteve na festa.

Ainda há a discussão sobre a duração do afastamento. Não foi informado se o Fluminense aplicou multa aos atletas e se há data do retorno deles às atividades. A tendência é que uma nova reunião seja feita quando a diretoria retornar ao Rio de Janeiro, após o jogo contra o Corinthians, no domingo.

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