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Por Redação do ge — São Paulo


Veja a coletiva do técnico interino Raphael Laruccia, do Corinthians, após derrota para o Vasco

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A partir desta quinta-feira, o Corinthians terá o comando do argentino Ramón Díaz. O experiente treinador de 64 anos vai assumir a equipe no lugar do interino Raphael Laruccia, que revelou um encontro com o novo técnico alvinegro horas antes da derrota por 2 a 0 sobre o Vasco, pelo Campeonato Brasileiro.

– Foi um encontro rápido ali e estou muito feliz pela chegada dele, dei as boas-vindas. É um treinador que é uma referência para todos os nossos treinadores, então não tenho dúvida de que vai agregar muito daqui para frente – afirmou, em entrevista concedida após a partida.

– Não falamos nada sobre o jogo hoje, ele preferiu deixar a preparação seguir como a gente já tinha se estabelecido, mas certamente ele acompanhou o jogo e dá para ter um panorama muito bom do que a gente tem de desafio pela frente – acrescentou.

Raphael Laruccia e Rafael Paiva em Vasco x Corinthians — Foto: André Durão / ge

Ramón Díaz esteve no hotel do Corinthians para assinar contrato e conhecer o elenco. O treinador firmou acordo até o fim de 2025.

Na despedida do comando técnico interino, Laruccia acredita que a fase corintiana vai mudar com o novo treinador. O Timão soma 12 pontos, em 16 rodadas, e se encontra na zona de rebaixamento.

– O grupo está blindado, o Fabinho faz muito bem esse papel também de blindar o elenco para que eles tenham a tranquilidade de poder trabalhar e de colocar a energia necessária ali no dia a dia – analisou.

– Falei para eles agora no vestiário, eu tenho certeza de que vai virar essa chave porque eles estão lutando, eles estão batalhando e as coisas vão acontecer, vai dar certo – falou.

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O próximo compromisso do Corinthians será na terça-feira, às 21h (de Brasília), contra o Criciúma, na Neo Química Arena.

Confira mais respostas de Raphael Laruccia:

Análise do jogo

– Realmente, na nossa visão e no nosso entendimento e no que a gente analisou no intervalo, o jogo estava de certa forma controlado e, assim, acho que o controle, na verdade, ele era para os dois lados, estava muito equilibrado o jogo ali, poucas oportunidades claras de gol ali, a gente teve uma oportunidade um pouco mais clara na falta do Coronado, mas era um jogo muito controlado, um jogo muito estudado que a gente já imaginava que fosse acontecer e por ser um jogo fora de casa, a nossa ideia é sempre de manter esse controle e não se expor muito até pelo momento que a gente vive.

– A gente perde um pouco do controle no primeiro gol, né, que é uma infelicidade ali, uma jogada que a gente imaginava que pudesse acontecer, a gente estava preparado para defender e proteger o setor nessa mudança de corredor e eles foram muito felizes ali em encontrar aquele espaço e o Piton também muito feliz na finalização, mas a partir dali, quando você, no momento que a gente vive, quando você sofre um gol volta tudo na memória, você começa a perder, baixar o nível de confiança, a perna pesa um pouco mais e é natural, e aí acontece um pouco de desorganização

– Ainda assim o jogo se mantém equilibrado não dá pra gente falar que foi um jogo de grande domínio para nenhum dos lados, foi um jogo equilibrado, um jogo disputado e que se definiu num detalhe ali, e aí depois no final do jogo sai o gol de bola parada no primeiro tempo poderia ter saído o nosso e não saiu, e aí eles tiveram a felicidade de sair então eu acho que ficou mais no detalhe do que numa superioridade ali, ou algo que tenha perdido o controle do jogo.

Por que o time não ataca?

– Olha, eu vou falar referente ao período que eu estive no comando, um período de praticamente uma semana, né, navegar de um pouquinho mais, de 8 dias, e assim, pra mim é muito claro, a gente não conseguiu treinar, a gente tem pouco treino pra desenvolver uma ideia, pra desenvolver algum conceito ofensivo, a gente estava muito focado em recuperar os atletas fisicamente, para que eles estivessem prontos pro jogo, com um nível físico bom, mas ao mesmo tempo a gente não consegue desenvolver uma ideia dentro de campo, nesse período era muito complicado de desenvolver uma ideia.

– Então a gente presou muito ali pela recuperação deles, pelas conversas e ajustes estratégicos do jogo, pra que a gente tivesse equilíbrio no jogo, e aí dentro desse equilíbrio a gente conseguisse encontrar confiança e liberdade pra desenvolver algumas dinâmicas ofensivas, mas como eu falei na minha primeira coletiva, essas ações. Esses mecanismos de terminação de jogada no último terço do campo, isso são ações que devem ser treinadas e demanda tempo.

– Então, assim como todos os comportamentos no jogo, é repetição, é repetir, é treinar, você estimula o comportamento e repete, repete, repete até que isso se torne automático e aconteça com fluidez no jogo. E a gente não tem esse tempo. Então, a gente tem que, agora sim, vai ter um tempo para trabalhar, para ser desenvolvida a ideia, e certamente vai acontecer. E por isso até que eu falei que eu tenho certeza de que essa chave vai mudar e vai virar esse jogo.

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Balotelli
– Bom, referente a movimentação do mercado e contratações, isso é um assunto que é tratado pela diretoria, né, e eu prefiro deixar como que seja conduzido, até porque a gente estava nesse processo de acerto com o novo treinador, então, assim, isso é um ponto que é tratado internamente. Cara, assim, com relação a... eu não vou vir aqui e fazer comparativos de jogador do elenco, nós temos o Yuri, nós temos o Raul, todos muito importantes para nós, são jogadores que certamente vão nos ajudar.

– Referente ao Balotelli e o histórico dele mesmo diz por ele, eu não preciso vir aqui e falar para vocês sobre a qualidade dele, que é um jogador de muita qualidade, que se vier e se acontecer essa negociação vai agregar muito, mas eu não vou entrar nessa de comparar os jogadores dos nossos atacantes, o Yuri é nosso artilheiro no ano, ele é um jogador que está lutando e que certamente vai ajudar a gente em muitos momentos, então, eu acho que. Para se definir a situação de um não precisa haver essa comparação com o outro. Acho que uma coisa não anula a outra.

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