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Por Guilherme Macedo, Lafaete Vaz e Rodrigo Rocha — Belo Horizonte


Novidade no staff do América-MG desde o mês passado, o pentacampeão mundial Kleberson ainda avalia onde construirá a carreira longe dos gramados. Antes decidido a ser treinador, o ex-volante repensa a trajetória no futebol após o início da vivência como diretor-técnico.

Cria do Athletico-PR e titular na trajetória da quinta Copa do Mundo conquistada pelo Brasil, em 2002, Kleberson passou por Manchester United e Besiktas no futebol europeu, antes de retornar ao Brasil e defender, novamente, o Furacão, Flamengo e Bahia. Encerrou a carreira nos Estados Unidos, em 2016, após quatro temporadas e três clubes.

Foi naquele país também que o ex-volante começou a preparação para os próximos passos na carreira. Nos Estados Unidos e em instituições brasileiras, Kleberson focou na preparação para ser treinador, além de realizar cursos de gestão.

- Eu estudei muito para essa função. Parei de jogar nos Estados Unidos em 2016 e logo já entrei nas categorias de base. Mas, já estava tirando as licenças CBF, também tirei (licença) da US Soccer, sempre visando a função de treinador. Fiz também vários cursos de gestão, na Universidade do Futebol - disse o ex-jogador, em entrevista exclusiva à Globo.

Segundo Kleberson, o desejo de trabalhar como técnico partiu da experiência que teve como jogador de Alex Ferguson, lendário inglês que trabalhou por 27 anos como técnico do Manchester United.

"Uma das coisas para exercer essa função foi o que eu aprendi quando eu estava na Inglaterra, com o Alex Ferguson."

- A maneira que ele comandava o time, que ele não dava diretamente os treinamentos, a maneira de intervir individualmente com os jogadores, a maneira que ele trabalhou com o Cristiano Ronaldo para se tornar o jogador que ele foi, depois o Rooney, tantos atletas que passaram lá. Então, acabou abrindo essa oportunidade para trabalhar nessa função.

No entanto, até mesmo pensando em agregar conhecimento antes de se tornar treinador, Kleberson retornou ao Brasil com o intuito de trabalhar exatamente como diretor-técnico, que tem como função ser um dos elos entre comissão e jogadores, base e profissional, além de estar perto dos treinamentos diários da equipe.

- Quando eu vim dos Estados Unidos para o Brasil foi para trabalhar de diretor técnico. Esperei o meu momento. Até receber uma ligação do Salum. É um clube que está procurando se potencializar fora das quatro linhas, no modelo de gestão, e eles viram um potencial muito grande com a minha chegada no processo. Desde que cheguei no Coelho vi como o clube pensa nesse modelo e como posso crescer junto com o clube.

Diante da experiência atual, Kleberson pensa em seguir com o processo de se tornar treinador apenas mais adiante.

"O projeto é de cinco anos (para virar treinador). Hoje eu não penso em ser treinador de futebol. Mas, um mês atrás, meu pensamento era de apostar nessa carreira. Agora, fazendo essa imersão, dentro do trabalho de diretor técnico, me deixa muito satisfeito porque eu sei o quanto posso crescer nessa função."

- Eu sei o quanto posso ajudar a nossa comissão, nossos jogadores e a diretoria a crescer no futebol. Hoje estou muito feliz e muito grato. Daqui a cinco anos vou repensar essa função, se eu vou continuar ou vou pra outra função, mas estou muito feliz com o que faço aqui.

Kleberson trabalha como diretor-técnico do América-MG — Foto: Mourão Panda

Na vitória sobre o Operário-PR, pela Série B, Kleberson esteve ao lado de Cauan de Almeida no banco de reservas. Diante da suspensão de Eduardo Choynowski, preparador de goleiros, o ex-jogador assinou a súmula como auxiliar-técnico.

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