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Por Bruno Cassucci — Orlando, Estados Unidos


Em seu segundo ciclo de Copa do Mundo, Bruno Guimarães assume o papel de liderança na seleção brasileira. Atualmente com 26 anos - sendo os últimos quatro vestindo a amarelinha - o jogador diz que vem se sentindo mais à vontade com o time brasileiro.

O meio-campista do Newcastle disputou 11 dos 12 jogos do Brasil desde a Copa do Catar e, nesta quarta-feira, volta a ser titular no amistoso contra os Estados Unidos, às 20h (de Brasília), no estádio Camping World.

– Sou um cara que gosta de falar, de conversar. Estou me sentindo muito bem neste grupo. Sendo bem sincero, é a vez que me sinto mais em casa na Seleção. Talvez por ter jogado Copa e agora estar no ciclo desde o começo. Sempre escuto os mais novos, os mais velhos e procuro me sentir bem para desempenhar o melhor em campo. Muitas coisas preciso viver ainda, tenho apenas 26 anos, mas é um começo muito legal com o Dorival para mim – disse o jogador que foi reserva contra o México, no último sábado, mas entrou no segundo tempo.

Bruno também comentou o novo posicionamento do meio de campo da Seleção. Sem Casemiro, o técnico Dorival Júnior tem optado por jogar com dois volantes que protegem a área, mas também têm liberdade para avançar.

Assim como nos amistosos contra Inglaterra e Espanha, em março, o jogador terá João Gomes a seu lado.

– Ele é um cara muito fácil de lidar, que escuta muito e está sempre querendo ajudar de alguma forma. Estamos nos entendendo da melhor maneira, questão de espaço em campo. É um pitbull, sempre pronto para recuperar a bola, ajuda muito. Desejo tudo de melhor para seguirmos em frente e marcar história com a camisa da Seleção – disse.

Bruno Guimarães, meio-campista da Seleção, em entrevista coletiva — Foto: Bruno Cassucci

Este será o último jogo de preparação do Brasil antes da Copa América. A estreia no torneio continental será dia 24, contra a Costa Rica.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Bruno Guimarães:

Jogos com muitos gols

– Devemos buscar o equilíbrio, essa é a palavra. Com a equipe que a gente tem, os jogadores que a gente tem, é normal buscar o gol a todo momento. Óbvio que esses cinco gols tomados temos que evitar. São gols que poderiam ser evitado. Temos que seguir trabalhando. É o início do trabalho, estamos com tempo para treinar, entender as ideias do Dorival. Acho que tem tudo para ir num caminho bom e duradouro.

Expectativa para o jogo

– Quem está entrando quer mostrar serviço. Com a gente não vai ser diferente. Quero jogar. Meu último jogo na Premier foi dia 20 do mês passado. Vai ser um grande jogo, todo mundo empenhado para desempenhar o melhor e buscar a vitória.

Meio de campo sem "camisa 5"

– Desde quando o Dorival assumiu, jogamos dessa maneira. Para mim, não muda nada. Já joguei no meu clube de 5, de 8, de 10... É indiferente. Para mim, ele pede posse de bola para o time jogar, fazer inversão, jogar por dentro. Não afeta nada. A equipe está se comportando bem com muitas variações. Não existe hoje o cinco antigo, aquele cabeça de área. O cinco é responsável por muitas ações do jogo ofensivo da equipe.

Campos reduzidos na Copa América

– Conversamos, sim. Sabemos que tem uma diferença e qualquer pequena diferença faz uma grande diferença. Temos que jogar mais rápido, pensar mais rápido e um toque facilita a pressão. Acho que é por isso que temos trabalhado muito pressão, para recuperar a bola e logo contra-atacar. Chegamos a conversar, não foi algo que levamos muito a diante, mas tudo faz a diferença.

Ideia de jogo de Dorival

– Com a bola, temos um talento incontestável. O Dorival quer que a gente faça o máximo possível para recuperar quando perdermos a bola. Ele gosta de espaço curto, mas também de profundidade, balanço de um lado para o outro e buscar a recuperação de bola assim que perder. São ideias que estamos pegando e acredito que para o jogo de amanhã vocês vão ver mais coisas do que nos outros jogos.

Seleção norte-americana

– São jogadores jovens e com experiência. Jogadores que passaram ou estão na Premier League. Usam o contra-ataques e deixam jogadores para utilizar a velocidade. Vimos alguns espaços que eu não posso revelar, mas esperamos fazer o que o Dorival mostrou no vídeo e ficar atentos aos contra-ataques.

EUA goleado pela Colômbia no último jogo

– Acho que sim (aumenta a responsabilidade). Vendo do lado deles, ganhar o Brasil antes de uma Copa América é o cenário perfeito. Vamos tentar fazer um grande trabalho. O jogo deles contra a Colômbia foi um placar atípico. Os EUA tem grandes jogadores, cinco ou seis da Premier League. Não vai ser fácil. Cabe a nós fazer o jogo ficar mais fácil.

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