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Por Bruno Cassuci — Orlando, Estados Unidos


Veja a coletiva de Andreas Pereira na Seleção Brasileira

Veja a coletiva de Andreas Pereira na Seleção Brasileira

Jogadores que fazem múltiplas funções, disputam a mesma liga e são amigos entre si. O Brasil vai jogar a Copa América com essa estrutura no meio de campo, e Andreas Pereira é uma das peças que oferece versatilidade a Dorival Júnior.

Ao lado de João Gomes, Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá, o jogador do Fulham forma um quinteto que se conhece da Premier League e levou a amizade para fora dos campos.

Na segunda-feira de folga em Orlando, estavam todos jogos em passeio por um parque temático. União que favorece o entrosamento também dentro de campo:

– A gente tem um meio de campo muito móvel, dinâmico, que está acostumado a jogar na Premier, que é muito intensa.

– A gente está muito bem servido nas posições, qualquer jogador vai fazer um bom trabalho, mas com certeza mudou a estrutura, não tem alguém fixo na frente da defesa, como era antes com o Casemiro, são três jogadores dinâmicos, intensos, para ajudar os atacantes e a defesa também.

Andreas Pereira em coletiva na Seleção nesta quarta-feira — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Comandado por Dorival Júnior nos tempos de Flamengo, ele era segundo volante. Já no Fulham atua mais como meia e em alguns jogos até mesmo de atacante. Opções que Andreas coloca à disposição de Dorival. Nas partidas contra Inglaterra e Espanha, em março, por exemplo, ele desempenhou as duas funções.

– O Dorival me conhece como segundo volante, mas também como meia, como venho atuando no meu clube, na Inglaterra. Ele sabe que eu posso ajudar em muitas funções no meio de campo, pede para eu exercer essas coisas, posso jogar mais ofensivo, como segundo volante, posso ajudar nessas funções. Tento fazer meu melhor possível nos treinos e nos jogos.

Jogadores da Seleção recebem instruções de Dorival Júnior em treino — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Acostumado a toda dinâmica e intensidade da Premier League, Andreas falou sobre as demandas do futebol moderno:

– O futebol vem evoluindo bastante, é difícil ver uma equipe que joga com um 5 fixo. Para mim, como segundo volante, há alguns ajustes. Você vai estar em dois para defender na frente da defesa, tem que ter em conta que ninguém pode ir para o ataque e deixar a defesa vulnerável, por isso o professor fala em atacar marcando. Como sou segundo volante, tenho esse pensamento de estar mais presente para defender. Para mim, não muda muito, tem que entrar na área para fazer gol e ter a recomposição para parar qualquer tipo de jogada. Para jogar nas posições do meio, tem que estar ligado e ter disposição.

Com Andreas à disposição, o Brasil encara o México em amistoso no sábado, às 21h30 (de Brasília), na cidade de College Station, no Texas. A Seleção enfrenta ainda os EUA, dia 12, em Orlando, antes da estreia na Copa América, dia 24, contra a Costa Rica, na Califórnia.

Confira outros trechos da entrevista:

Relação com Dorival

– Ele me ajudou muito num momento que eu estava precisando muito, é uma coisa que sempre vou levar no coração o quanto ele me ajudou e o quanto foi importante. Fico feliz de estar na Seleção com ele como técnico, só tenho que ajudar de todas as formas possíveis para retribuir.

Volta por cima

– A saída do Brasil iniciou essa retomada com o próprio Dorival no Flamengo, foi o primeiro técnico que me levantou, levantou a cabeça, quando cheguei na Inglaterra o treinador do Fulham, Marco Silva, me ajudou muito. Graças a essas pessoas estou aqui, só tenho a agradecer a essas pessoas que me ajudaram, à minha família.

Amigos no meio de campo

– Eu conhecia o João, o Douglas também, o Paquetá vindo do Flamengo têm essa conexão, o Bruno de jogar contra, tem essa amizade. Fomos no parque (de diversões) juntos, aproveitamos, foi muito bom, é bom ter amigos na Seleção para defender um ao outro em campo. Estamos aproveitando a cada treino, a cada momento, vamos nos preparar para ganhar esse torneio.

Visitas de ex-jogadores

– É uma honra ver os ex-jogadores aqui com a gente, orgulho imenso ver o Emerson, tirar foto, Rivaldo esteve aqui. Quando era criança, via jogos da Seleção com meu pai e queria estar na seleção, é um sonho de criança se realizando.

Esportes americanos

– Gosto bastante de NFL, do Patrick Mahomes, acompanho sempre o Super Bowl, tento assistir, pela diferença de horário às vezes fica tarde. É uma experiência boa estar nos Estados Unidos, jogar nesses estádios incríveis, antes dos jogos vou bater uma fotinho nos estádios, é sempre bom. É um privilégio estar aqui.

Possível transferência

– Eu acho que é difícil falar agora, estou completamente focado na Seleção, com certeza, se Deus quiser, após o título com a seleção brasileira vou pensar no futuro no clube, vou sentar com meu empresário e decidir.

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