O zagueiro Fran Ortuño, do Valladolid, chamou a atenção na Espanha ao revelar um lado diferente de outros jogadores de futebol. Aos 21 anos, o jovem possui quatro empresas que já atingiram faturamento milionário por ano, segundo o jornal "As".
Fran Ortuño, zagueiro do Valladolid — Foto: Reprodução
Ortuño atua no time B do Valladolid, que joga a quarta divisão da Espanha. Formado pelo Jaén, passou por outros times menores do país, como Linares e Marbella. Em entrevista ao programa "El Larguero", ele afirmou que tem suas empresas como um "hobby".
- Eu sou principalmente jogador do Valladolid, mas tenho empresas. Hoje ainda não me considero milionário nem nada, mas é verdade que as empresas vão bem e são um hobby que tenho atualmente - disse Ortuño.
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O zagueiro abriu sua primeira empresa aos 17 anos e a vendeu por cerca de 100 mil euros (cerca de R$ 577 mil). Hoje, suas quatro companhias atuam em ramos diferentes, como educação online, fundos de investimentos, e-commerce e exportação de azeite. A base comercial de Ortuño fica em Dubai.
- De manhã, treino e me dedico somente ao futebol. À tarde posso me dedicar às empresas graças à equipe que tenho - completou o zagueiro.
Fran Ortuño, zagueiro do Valladolid B — Foto: Reprodução
Titular na quarta divisão
De acordo com o "As", os próprios companheiros de time de Ortuño pedem conselhos ao jovem sobre investimentos. O zagueiro também segue os estudos e faz faculdade de Engenharia Mecânica.
Em campo, Ortuño ainda busca espaço para dar o salto à elite do futebol espanhol. Na última temporada, ele atuou em 14 jogos pelo Valladolid B, sempre como titular. Ele chegou ao clube em janeiro, contratado ao Linares.
O Valladolid B terminou a quarta divisão na oitava posição, sem chance de subir.
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Especialistas em marketing ouvidos pelo ge analisaram o exemplo de Ortuño como um novo movimento entre atletas.
- É muito raro escutar história de jogador de futebol que exerce com sucesso outra profissão durante a carreira. Ortuño é um caso excepcional, e na minha opinião deveria ser um benchmark para que muitos atletas se preparem melhor, ou seja, com mais antecedência e planejamento para o pós carreira - acrescentou Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo.
- Temos visto um movimento de atletas que tem voltado seus olhos para o empreendedorismo ainda em atividade, apesar de ser uma parcela pequena, muitos por falta de tempo ou mesmo instrução profissional. A carreira de um atleta não se resume ao esporte, permeia toda a sua dedicação ao seu crescimento profissional, portanto, empreender é fundamental, como é o caso do Ortuño. É importante para os atletas, desde jovens, serem orientados e instruídos por profissionais qualificados para que possam desenvolver suas carreiras de maneira segura e próspera. Acredito que abrir um leque para essas oportunidades poderia ser uma missão dos próprios clubes, por meio de executivos de finanças que deem um norte a esses jogadores. Esta dedicação adicional dos times irá refletir tanto no futuro dos atletas quanto no próprio desempenho atual no esporte, uma vez que a percepção de longevidade financeira promove segurança e foco para o jogador - analisou Alexandre Mac Laren, CFO da PayBrokers.
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