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Por Redação do ge — Turim, Itália


Suspenso por sete meses por envolvimento com apostas esportivas, o meio-campista Nicolò Fagioli, da Juventus, deu entrevista à Gazzetta dello Sport, dez dias depois de ser liberado e voltar a jogar. O jogador de 23 anos comentou a relação de "obsessão" que teve com os jogos.

"O jogo consumiu a minha vida, perdi muito dinheiro. O problema é que já não me conseguia controlar. Era uma obsessão. Um pesadelo", disse Fagioli.

— O tédio arruinou a minha vida, e todos os problemas, mesmo os mais estúpidos, como uma discussão ou um mau desempenho, tinham de ser compensados por uma carga de adrenalina dada pelo jogo — disse o meia.

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Fagioli foi o primeiro jogador punido em um escândalo de apostas ilegais no ano passado, que também terminou na suspensão do também italiano Sandro Tonali, do Newcastle. O meia da Juventus lamentou a imagem negativa que foi atrelada aos atletas envolvidos.

— Lamento que alguns jornais me tenham descrito a mim e ao Tonali como dois demónios. Eu só me magoei a mim próprio. Não arranjei jogos, não condicionei resultados. Cometi erros, joguei em sites ilegais e perdi muito dinheiro. Fiquei com nojo de mim próprio e senti-me um idiota, mas não podia passar sem ele — acrescentou Fagioli.

O tema está em destaque no futebol brasileiro após Lucas Paquetá ser denunciado pela Premier League por envolvimento com apostas esportivas. O caso do meia do West Ham é diferente dos italianos, já que, enquanto Fagioli e Tonali fizeram apostas, o brasileiro, segundo a denúncia, teria "procurado influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência nas partidas".

Fagioli, meia da Juventus, ficou sete meses suspenso por envolvimento com apostas esportivas — Foto: Getty Images

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