Mais do Caso:
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Diversas federações nacionais vêm atuando para impedir a participação de jogadores em apostas. A Inglaterra, por exemplo, tem algumas proibições bem definidas: atletas de clubes profissionais do país não podem apostar em si mesmo ou em seu time, pedir para outros fazerem a aposta em seu nome ou compartilhar informações de bastidores que possam beneficiar apostadores.

Veja dez casos de suspensão ou multa a jogadores por participação ilegal em apostas:

O jogador do Newcastle foi suspenso por dez meses em outubro do ano passado, punição dada pela Federação Italiana de Futebol devido ao envolvimento do jogador com apostas ilegais na época em que ele atuava pelo Milan. Em maio deste ano, ele sofreu mais uma suspensão, de dois meses, da Federação Inglesa, mas com efeito condicional: ele só precisará cumprir se voltar a quebrar regras até fim da temporada 2024/25. Por enquanto, ele ainda cumpre a pena imposta pela Federação Italiana.

Um dos casos mais emblemáticos do futebol inglês foi do atacante Ivan Toney, do Brentord. Ele foi suspenso por oito meses em maio de 2023, e admitiu nas investigações sua participação em apostas. Segundo a imprensa inglesa, Toney chegou a apostar 13 vezes contra a sua própria equipe na Premier League. O atacante de 27 anos voltou a jogar em janeiro deste ano.

Em 2018, Bradley Wood, do Lincoln City, então na quinta divisão inglesa, pegou seis anos de suspensão por forçar cartões amarelos, uma acusação semelhante à enfrentada por Paquetá. A Federação Inglesa chegou a apelar da decisão, pedindo o banimento vitalício de Wood, mas a punição dada pela comissão regulatória da federação foi mantida.

Goleiro reserva do Sutton, da quinta divisão inglesa, Wayne Shaw foi suspenso por dois meses e recebeu uma multa equivalente a R$ 1.500 em um caso insólito que serviu para mostrar que a Federação Inglesa está atenta a praticamente tudo que envolve apostas esportivas. Shaw foi flagrado comendo uma torna no banco de reservas durante um jogo contra o Arsenal, pela Copa da Inglaterra, e as investigações descobriram que ele fez isso de propósito porque sabia que uma casa de apostas do país pagaria alto a quem apostasse que essa imagem seria transmitida na TV.

O atacante inglês foi suspenso em 2019 por seis semanas por ter repassado informações privilegiadas para que o seu irmão apostasse em sua transferência para o Sevilla, ocorrida no início de 2018. A pena foi aumentada para quatro meses após uma revisão feita pela Federação Inglesa, em março de 2020.

Em outro caso de punição por abuso de informação privilegiada, o lateral-direito Kieran Trippier foi punido em dezembro de 2020 pela Federação Inglesa com uma suspensão de dez semanas por quebrar regras relacionadas a apostas. Em 2018, o então jogador do Tottenham apostou, indiretamente, na sua própria transferência para o Atlético de Madrid.

Em 2017, o meio-campista Joey Barton, do Burnley, foi suspenso por 18 meses após admitir à Federação Inglesa ter feito apostas ligadas ao futebol. Além disso, foi multado em 30 mil libras (R$ 122 mil na época). A suspensão chegou a cair para 13 meses, mas Barton, então com 34 anos, decidiu se aposentar do futebol.

Em 2013, o atacante Andros Townsend, então no Tottenham, foi suspenso por quatro meses. Embora acusado de violar as regras da Federação Inglesa, ele não teve envolvimento comprovado em partidas da sua equipe. Por ter contribuído com as investigações e buscado ajuda profissional contra o vício em apostas, Towsend teve sua pena reduzida e logo voltou aos gramados.

Em setembro do ano passado, o zagueiro Harry Toffolo, do Nottingham Forest, foi suspenso por cinco meses por ter violado as regras da Federação Inglesa para apostas esportivas 375 vezes. Essas violações teriam acontecido entre janeiro de 2014 e março de 2017, quando o defensor tinha contrato com o Norwich.

Em maio de 2016, o zagueiro argentino Martin Demichelis escapou de uma suspenão e foi apenas multado pela Federação Inglesa em 22 mil libras por envolvimento com apostas. Embora tenha sido comprovado que ele fez 29 apostas em um período de três semanas, a comissão que o julgou entendeu que ele não tinha como influenciar os resultados dos jogos a seu favor.