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Por Redação do ge — Doha


Foi cercada de tensão a coletiva de imprensa do Iraque depois da eliminação nas oitavas de final da Copa da Ásia, diante da Jordânia, na segunda-feira. O técnico espanhol Jesús Casas foi alvo de jornalistas iraquianos, e foi necessária a intervenção da polícia para proteger o treinador.

Jornalistas tentam agredir técnico do Iraque em entrevista coletiva

Jornalistas tentam agredir técnico do Iraque em entrevista coletiva

A irritação não era exatamente por causa da derrota, mas porque Casas deu entrevistas antes da partida, o que julgaram ser inadmissível. Depois de esbravejarem com o treinador, eles abandonaram a sala de imprensa.

- Nunca tinha acontecido nada parecido comigo, mas não sei se vai acontecer de novo. Precisa ter em mente que aqui é muito diferente. Não são veículos credenciados. Basta ter uma conta no Instagram e 100 mil seguidores ou um canal no YouTube. Não são profissionais. É difícil comparar com outro país - comentou Casas à rádio espanhola "COPE".

Jesús Casas, técnico do Iraque, na Copa da Ásia — Foto: Karim Jaafar / AFP

A Associação Iraquiana de Futebol emitiu comunicado em defesa de Casas, afirmando que o episódio foi "causado por certos nomes que tomaram vantagem da sua presença inesperada na coletiva".

- Denunciamos o comportamento descarado e abominável que aconteceu contra o técnico, confirmamos que decidimos não lidar no futuro com esse pessoal da mídia que busca causar o caos, e seguiremos os métodos legais para restaurar a reputação do treinador.

Repórteres foram banidos

Após toda repercussão do caso, a Confederação Asiática de Futebol (AFC) comunicou, ao final da manhã desta terça-feira, que decidiu banir da cobertura da Taça Asiática e de futuros torneios todos os repórteres iraquianos que atacaram Jesús Casas.

- Estamos confiantes de que a nossa resposta nesta ocasião servirá como elemento dissuasor, enviando uma mensagem clara de que tal comportamento não será tolerado - informou a nota da entidade.

O Iraque foi eliminado na Copa da Ásia com uma derrota por 3 a 2 para a Jordânia. O atacante Aymen Hussein foi expulso por "comemoração excessiva" após colocar a equipe na frente do placar, no segundo tempo, e a equipe acabou sofrendo a virada com dois gols nos acréscimos. O país tem um título da competição, conquistado em 2007.

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