Espanha e França abrem, nesta terça-feira, as semifinais da Eurocopa
Didier Deschamps completou nesta segunda-feira 12 anos no comando da França. O técnico Luis De La Fuente dirige a Espanha desde o início de 2023, mas pode dizer que conhece boa parte de seus jogadores há tanto tempo quanto. Ele treinou e foi campeão europeu com seis deles nas equipes nacionais de base. Faltam dois passos para conseguir o mesmo com os adultos.
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Lui de La Fuente é o técnico da seleção da Espanha desde o início de 2023 — Foto: Getty Images
De La Fuente foi escolhido para liderar a seleção principal da Espanha após votação interna da direção da federação. O anunciaram como alguém que conhece "o presente e o futuro do futebol espanhol".
Sua trajetória nas seleções de base explica isso. Ele assumiu a sub-19 em 2013 e foi campeão europeu em 2015. Em 2018, venceu os Jogos Mediterrâneos com a sub-18. No mesmo ano, subiu para o time sub-21 e, em 2019, ganhou a Eurocopa da categoria.
Ele não tem a mesma bagagem no profissional ou histórico de "jogador de seleção" como os antecessores: Luis Enrique, Del Bosque e Aragonés.
Dos 26 jogadores da Espanha nesta Euro-2024, seis fizeram parte de uma ou mais dessas campanhas vitoriosas do técnico no passado: Dani Olmo, Fabián Ruiz, Merino, Oyarzabal, Rodri e Unai Simón. Desses seis, quatro serão titulares nesta terça-feira contra a França.
- Dani Olmo - campeão da Eurocopa Sub-21 em 2019
- Fabián Ruiz - campeão da Eurocopa Sub-21 em 2019
- Merino - campeão da Eurocopa Sub-19 em 2015 e campeão da Eurocopa Sub-21 em 2019
- Oyarzabal - campeão da Eurocopa Sub-21 em 2019
- Rodri - campeão da Eurocopa Sub-19 em 2015
- Unai Simón - campeão da Eurocopa Sub-19 em 2015 e campeão da Euro Sub-21 em 2019
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— Nos conhecemos há muito tempo. Esse é provavelmente no grupo mais unido em que já estive, e acredito que essa é a nossa maior força. A irmandade e o espírito de equipe — declarou Merino, autor do gol decisivo contra a Alemanha nas quartas de final, à agência Reuters.
— Ele tem um papel muito importante na minha carreira. Além de conhecê-lo desde os tempos de base, e termos conquistado títulos... Temos a oportunidade de estarmos juntos na seleção principal. Vamos jogar por ele — disse Dani Olmo, que substituirá Pedri (lesionado).
Pedri, aliás, é um dos sete jogadores convocados para esta Eurocopa que fizeram parte do grupo que ficou com a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A seleção espanhola perdeu na final para o Brasil de Richarlison e companhia, na prorrogação. Luis era o técnico.
De La Fuente, ao centro, antes da prorrogação entre Espanha e Alemanha — Foto: Getty Images
Em sua primeira convocação para a seleção principal, em março do ano passado, De La Fuente chamou 15 nomes diferentes em relação ao grupo que foi eliminado nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2022. Daquela lista inicial de 26, metade chegou à Eurocopa-2024.
— Conheço esses jogadores, não cansam de competir, de trabalhar, têm ambição esportiva. É uma honra para mim treinar atletas desse tipo. Eu os conheço muito bem. Alguns ganharam tudo com clube, e outros ganharam muito em categorias de base. Me sinto muito seguro com esses jogadores, muito querido, muito amado. Morreria por eles, e sei que eles morreriam por mim também — disse o treinador.
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Muito questionado pela imprensa espanhola nos primeiros meses de trabalho, Luis De La Fuente conseguiu colocar em prática rapidamente a filosofia de jogo que pretendia para a seleção adulta: liberdade dentro de um contexto de ordem.
Os bons resultados também vieram rápido. A Espanha venceu 15 de 19 jogos desde o início de 2023. É a seleção europeia que mais ganhou no período, com percentual de 79% de vitórias. O primeiro título com ele no comando veio em junho do ano passado, na Liga das Nações
— Nosso modelo se aproxima muito com algo de espetáculo. Podemos dizer que somos uma equipe muito vistosa. Tentamos isso, a plasticidade, mas com praticidade. O que vai dar valor a isso é o resultado. Buscamos o resultado através de um caminho. Queríamos implementar um estilo. Queríamos dar um pequeno giro. Somos o que somos agora, e queremos ser melhores do que hoje — disse De La Fuente, sobre a sua Espanha.
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