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Por Lucas Magalhães — Brasília


Com o Brasil garantido como país-sede da próxima edição da Copa do Mundo Feminina, em 2027, algumas ações para entender o impacto da competição no país já estão sendo tomadas. Já se sabe que dez cidades receberão partidas do Mundial: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Salvador, Cuiabá, Manaus e Porto Alegre.

Para o Mundial de 2027, não será necessária a construção de novos estádios, já que todas as arenas que serão usadas para receber partidas na competição foram construídas para a Copa do Mundo masculina, em 2014.

Estádio Mané Garrincha será palco de oito jogos da Copa do Mundo Feminina, em 2027 — Foto: Lucas Magalhães/ge.globo

Já nesta sexta-feira, tão logo o Brasil foi anunciado como país-sede, a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) iniciou um processo de análise de como o turismo deve se comportar durante a disputa da competição no país.

Para efeitos de comparação, a última edição da Copa do Mundo Feminina, realizada em 2023 na Austrália e na Nova Zelândia, deu um lucro estimado em pouco mais de R$ 560 milhões. Em comparação direta na relação custo-benefício, cada dólar investido pela organização da competição deu um retorno de US$ 1,34. Estima-se que esses números possam ser superados pelo Brasil em 2027.

A busca pelo Brasil como destino para turistas, por exemplo, já começou. Com a definição das cidades-sede, o acompanhamento será pela busca por passagens aéreas e hospedagens, além da análise mensal de geração de novos postos de emprego.

Durante a Copa, a agência fará ainda a coleta de dados referentes aos gastos dos turistas, assim como a duração da viagem ao Brasil. Com o fim do evento, terá início a fase de consolidação dos dados coletados antes e durante a Copa do Mundo, que vão desde a pegada de carbono dos voos, passando por gastos per capita no país e dados gerais, como o público médio nos estádios.

Copa do Mundo como ferramenta de igualdade de gênero

A conquista do direito de sediar o próximo Mundial Feminino foi mais um passo da política de usar o futebol feminino como ferramenta de igualdade de gênero.

O país adota atualmente formas de diminuir a disparidade no caráter predominantemente amador da modalidade no Brasil e espera, até 2025, usar o futebol feminino para combater o racismo, a misoginia e diminuir a desigualdade social no país.

Corinthians é a principal potência do futebol feminino brasileiro da atualidade — Foto: Jhony Inacio, Rebeca Reis e Alexandre Battibugli/Ag. Paulistão/Centauro

Segundo dados do Ministério do Esporte, 19,2% das atletas do Brasil possuem contrato de trabalho profissional, ante apenas 4,9% com contrato temporário e 1,2% com contrato de formação.

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