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Por Gustavo Luz

Educador físico, treinador e praticante de corrida e triatlo. Diretor técnico da G-LUZ Top Team

Rio de Janeiro


Distância emblemática, os 42 km carregam um misto de sofrimento e superação que só quem já correu entende. A cada ano, a maratona atrai milhares de corredores em busca desse sentimento de conquista e afasta outros tantos que julgam impossível a missão de conciliar lazer com os filhos, jantares com o companheiro ou a companheira, encontro com os amigos e aquela dorzinha no joelho com um treinamento que exige uma certa mexida na agenda lotada. Mas talvez, o que falte a muitos desses maratonistas em potencial não seja tempo, mas uma bela dose de planejamento e um treino sob medida para as suas necessidades.

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A maioria das planilhas para a corrida inclui longões para ganho de resistência, treinos de velocidade para fortalecer as pernas e os pulmões e dias de descanso para a recuperação após as corridas mais difíceis.

Corredores em maratona — Foto: iStock

Mas adaptar o plano para a sua realidade é o mais importante e geralmente é o diferencial para não cair na cilada de treinar demais.

Se você se machuca com facilidade, isso deve ser levado em conta; se tem pouco tempo para treinar, deve usar o tempo que tem com programação e inteligência. Se puder, não pense duas vezes, procure um treinador experiente para montar as suas planilhas.

Foque nos treinos longos de qualidade. Talvez o maior segredo para conseguir correr uma boa maratona é conseguir manter o ritmo depois dos 30 km - essa habilidade é treinável e conquistada nos longões. E você também ganha confiança para a segunda metade da prova, quando tudo começa a ficar mais difícil.

Uma sugestão para ser mais eficiente nesse final de prova é passar os primeiros 30 km alternando 14 minutos de corrida com 1 minuto de caminhada. Isso é uma boa forma de poupar energia já que, muita gente caminha no final por que está cansado.

E veja só um exemplo, de repente você chega aos 30 km dois ou três minutos atrás de um amigo que não caminhou, mas com condições de fazer os últimos 12 km até 15 minutos mais rápido. É uma troca que geralmente vale a pena, experimente essa estratégia nos treinos.

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / Eu Atleta.

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