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De acordo com o médico psiquiatra Higor Caldato, diante de emoções, como raiva e ansiedade, por exemplo, o organismo pode liberar cortisol e adrenalina, que são hormônios do estresse, e, por consequência, causar aumento da frequência cardíaca e contração dos vasos sanguíneos, levando a elevação temporária da pressão arterial. Confira aqui como identificar.

A cardiologista Aline Azevedo explica que qualquer situação de estresse e emoção, assim como esforço físico, favorece o aumento temporário da pressão arterial. Os mecanismos envolvem a ativação da atividade do sistema nervoso simpático, a sobrecarga de glicocorticoides e a disfunção endotelial, incluindo a redução da biodisponibilidade do óxido nítrico, que é potente vasodilatador.

– Por meio desses estímulos de forma frequente, a pressão arterial se torna elevada de forma sustentada e o indivíduo que apresentava hipertensão somente em situações pontuais de estresse, se torna permanentemente hipertenso – alerta a especialista.

Indivíduos mais suscetíveis podem apresentar níveis tensionais elevados em qualquer situação de estresse. Segundo a cardiologista, para lidar com a pressão alta emocional, é importante gerenciar o estresse usando técnicas de relaxamento e meditação, praticar exercícios regularmente e buscar apoio psicológico conforme necessário. Todavia, há estudos demonstrando que o consumo regular de chás pode auxiliar na redução e no controle da pressão arterial.

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– Alguns chás têm propriedades relaxantes e podem ajudar a diminuir a pressão arterial em algumas pessoas. Eles não substituem qualquer tratamento médico, como solução isolada. Mas podem fazer parte do estilo de vida das pessoas, ajudando no estresse diário, contribuindo também para a saúde emocional – explica o psiquiatra.

O chá é uma das bebidas mais consumidas no mundo e, como tal, é constantemente objeto de novas pesquisas e estudos, como uma recente de 2022, que relaciona o efeito do chá de hibisco à atuação no controle da pressão arterial.

– Os chás podem ser parte de uma abordagem de estilo de vida saudável para ajudar no controle da pressão arterial – complementa a nutróloga Beatriz Clivati.

– Isso ocorre devido aos inúmeros compostos bioativos presentes nos chás e que possuem efeitos benéficos no sistema cardiovascular, como a canela e o gengibre, por exemplo. Embora esses chás possam ser benéficos, eles não devem substituir o tratamento médico prescrito para a hipertensão. Consulte sempre um profissional de saúde – reforça a especialista.

Confira as receitas de 4 chás que podem auxiliar no controle da pressão alta emocional:

As catequinas presentes no chá verde aumentam a concentração plasmática de óxido nítrico, que pode inibir citocinas pró-inflamatórias e agregação plaquetária e levar à melhora da disfunção endotelial e do fluxo sanguíneo, tendo, como consequência, a redução da pressão arterial.

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Ingredientes:

• 1 colher de sopa de chá verde (2g);
• 200 ml de água.

Modo de preparo:

1. Coloque 200 ml de água em uma chaleira no fogo baixo e desligue antes de começar a ferver;
2. Jogue a água quente sobre a quantidade de 1 colher de sopa da erva (2g) em uma xícara;
3. Tampe deixando em infusão por 3 minutos;
4. Coe e beba.

Os principais compostos encontrados nas flores de hibiscus são ácidos orgânicos, principalmente ácidos cítricos e málicos, antocianinas. Estudos demonstram que antocianinas, particularmente a delfinidina-3-sambubiosídeo e a cianidina-3-sambubiosídeo, são os constituintes ativos responsáveis pelos efeitos anti-hipertensivos.

+ Chá de hibisco: para que serve, como fazer e efeitos colaterais

Ingredientes:

• 1 colher de sopa de chá hibiscus;
• 200 ml de água.

Modo de preparo:

1. Coloque 200 ml de água em uma chaleira no fogo baixo e desligue antes de começar a ferver;
2. Jogue a água quente sobre a quantidade de 1 colher de sopa da erva em uma xícara;
3. Tampe deixando em infusão por 3 minutos;
4. Coe e beba.

Contém fitoquímicos e flavonóides que podem ajudar a melhorar a circulação sanguínea e a capacidade de relaxamento do endotélio, elevar os níveis teciduais de monofosfato de guanosina cíclica (cGMP) e do mediador do óxido nítrico (NO) e aumentar o relaxamento do músculo liso vascular, auxiliando na redução da pressão arterial.

+ Chá de erva-doce, canela e sementes de mostarda

Ingredientes:

• 1-2 canela em pau;
• 200 ml de água.

Modo de preparo:

1. Coloque 200 ml de água em uma chaleira no fogo baixo;
2. Quando começar a ferver, adicione a canela em pau e deixe por cerca de 2 minutos;
3. Desligue o fogo e deixe em infusão por 2 minutos;
4. Retire as canelas em pau e beba.

Também tem efeitos anti-hipertensivos por meio de seus componentes 6-gingerol e o 6-shogaol. Eles inibem a formação de aterosclerose ao longo das paredes dos vasos sanguíneos e aumentam a elasticidade das artérias.

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Ingredientes:

• 1 colher de chá de gengibre ralado;
• 200 ml de água.

Modo de preparo:

1. Coloque 200 ml de água em uma chaleira no fogo baixo e desligue antes de começar a ferver;
2. Adicione o gengibre raldo e tampe deixando em infusão por 3 minutos;
3. Coe e beba.

– Ervas como a camomila e a valeriana podem ajudar a relaxar e a reduzir o estresse, o que pode indiretamente ajudar na redução da pressão arterial – completa a nutróloga.

Fontes:

Beatriz Clivati é nutróloga do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP.

Higor Caldato (@drhigorcaldato) é médico psiquiatra e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), especialista em psicoterapias e transtornos alimentares. Graduado em Medicina pelo Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC/FAHESA), fez residência em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especializações de Psicoterapias e Transtornos Alimentares na UFRJ.

Aline Azevedo (@draalinecardio) É cardiologista ecocardiografista, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Cabo Frio. Especialista em Clínica Médica pelo Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), em Cardiologista pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e em Ecocardiografista pela UFRJ, com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.