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Por Cris Perroni

Nutricionista formada pela UFRJ, pós-graduada em obesidade e emagrecimento, com especialização em nutrição clínica e em nutrição esportiva

Rio de Janeiro


A doença hepática gordurosa, também conhecida como esteatose hepática ou “gordura no fígado”, é uma dos maiores problemas de Saúde Pública da atualidade. Caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, elevações nas enzimas hepáticas e alteração na função hepática, pode causar de esteatose a esteato-hepatite, fibrose e é a maior causa de cirrose e transplante de fígado no mundo.É tratada com mudança do estilo de vida: redução do peso e prática regular de exercício físico.

Doença hepática gordurosa não alcoólica esteatose hepática fígado gorduroso obesidade eu atleta — Foto: Istock Getty Images

Tem alta correlação com excesso de peso e obesidade, resistência à insulina, diabetes mellitus tipo 2, acúmulo de gordura visceral e dislipidemia, além do consumo excessivo de bebida alcóolica. Afeta cerca de 30% da população mundial, 50% dos pacientes com diabetes tipo 2 e cerca 70% de indivíduos obesos. Acomete todos os grupos populacionais, como crianças, adolescentes, adultos e obesos.

Alimentos que devem ser evitados

  • Alimentos com alta densidade energética (muito calóricos), que contribuem para o aumento do peso;
  • Fast food;
  • Bebidas açucaradas;
  • Consumo excessivo de carboidratos (principalmente carboidratos simples);
  • Excesso de gordura saturada (manteiga, creme de leite, carnes gordas, queijos gordos, leite integral, bacon) e preparações fritas;
  • Excesso de bebida alcoólica.

9 dicas de alimentação para tratar o fígado gorduroso

O tratamento para pacientes com fígado gorduroso baseia-se em intervenções para um estilo de vida saudável, com preocupação no controle de peso, qualidade alimentar e prática regular de exercício físico. Entre as recomendações:

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  1. Deve ser feita restrição energética para redução do peso corporal em de 500 g a 1 kg por semana, evitando drástica restrição energética;
  2. Controle a proporção de carboidratos da dieta através de dieta less carb (carboidratos são 45 % da dieta) ou até low carb (40% de carboidratos);
  3. Evite bebidas açucaradas, excesso de sucos de frutas e fast food;
  4. Invista no consumo de frutas, verduras, legumes e grãos integrais;
  5. Aposte em cozinhar mais e desembalar menos;
  6. O prato deve ser colorido para aumentar a diversidade de nutrientes, principalmente vitaminas e minerais;
  7. Aumente a frequência de consumo de peixes e proteínas vegetais (soja, tofu, feijão, lentilha, grão de bico), reduzindo a ingestão de “carne vermelha”;
  8. Reduza o consumo de gordura de origem animal (gordura saturada);
  9. Garanta boa ingestão de ácidos graxos insaturados, fibras e vitaminas: atenção ao consumo de gorduras, preferindo monoinsaturadas e ômega 3:

  • Ácidos graxos monoinsaturados: azeite de oliva, nozes, abacate, castanha do Pará, amêndoas, açai;
  • Alimentos fonte de ômega 3: bacalhau, sardinha, atum, salmão, arenque, truta, linhaça e chia, nozes, castanha do Pará;
  • Suplemente com ômega 3 (óleo de peixe).

*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / Eu Atleta.

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