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Projeto de extensão universitária, o "Desafio Solar Brasil" foi criado em 2009. A edição deste ano contou com 19 equipes de cinco estados do país: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e Amazonas. No total, 13 colocaram barcos nas águas da praia de Icaraí, em Niterói.

— O esporte funciona como motor. Ele motiva, cria o ambiente saudável de competição. E é um esporte náutico. Não é somente o atleta estar preparado, mas tem que estar atrelado à tecnologia abarcada. Isso tudo dialoga com o projeto — comentou Ricardo Bogéa, coordenador do projeto e professor da UFRJ.

Os barcos foram concebidos, projetados e construídos por estudantes de universidades e escolas, federais e estaduais. O objetivo do projeto é qualificar os alunos para que, no futuro, possam desenvolver tecnologias para embarcações com o uso de paineis solares.

— Há regras (na regata) que delimitam principalmente a área de captação de energia dos paineis solares e a capacidade das baterias, de armazenamento de enrgia. Todas as equipes precisam cumprir essas regras comuns, mas podem optar por tecnologias diferentes. Isso dá melhor ou pior desempenho para os barcos — explicou a professora Camila Fernandes, de engenharia elétrica, do CEFET-Angra dos Reis.

Basicamente, os paineis captam a energia do sol e transformam em energia elétrica. Ela é então armazenada nas baterias e serve para alimentar o motor do barco, levando-o adiante.

O Desafio Solar Brasil também promoveu exposições de trabalhos acadêmicos, seminários e oficinas nos últimos dias, sobre temas como transição energética, com a participação de representantes das instituições de ensino, da administração pública e de empresas.

O evento começou na última segunda-feira e foi até este domingo. A premiação da regata contemplou as três equipes que obtiveram as melhores pontuações no somatório de provas realizadas ao longo da semana. A organização também avaliou o desempenho fora da água, como por exemplo na parte da divulgação científica.

— A maior dificuldade foi a entrada e a saída do barco da água, principalmente no fim de semana, estava puxando muito o mar. A maior lição é a melhoria da comunicação, tanto da minha equipe quanto das outras — disse Evelyn Galdino, aluna de engenharia elétrica da UFF.