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Por Bruno Martins, para o ge


O Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL) é um dos principais torneios de esports do Brasil. Iniciada em 2012, a competição evoluiu muito desde o começo e hoje conta com dez times participantes em franquia, uma das maiores audiências do país e uma base de fãs sólida.

Nesta reportagem, o ge conta a história do CBLOL e lista os campeões, os jogadores e os times mais vencedores e as curiosidades do evento que reúne, há mais de dez anos, as principais equipes de LoL do Brasil.

Final do 2º Split do CBLOL 2015, disputada no estádio Allianz Parque, em São Paulo — Foto: Riot Games

História do CBLOL

O cenário competitivo de LoL no Brasil começou em 2012, pouco tempo depois do lançamento do servidor nacional do jogo. Na época, o torneio se chamava Campeonato Brasileiro e ainda não utilizava a alcunha CBLOL.

O primeiro Campeonato Brasileiro de LoL aconteceu em três dias da Brasil Game Show (BGS), a maior feira de games da América Latina, em São Paulo, e teve premiação de US$ 50 mil. Dentre oito equipes participantes, a vTi Ignis se sagrou campeã e conquistou US$ 25 mil.

Jogadores da vTi Ignis, primeira campeã brasileira de LoL, em 2012 — Foto: Divulgação/Riot Games

Em 2013, o campeonato criou asas e partiu para ser realizado de maneira independente: as finais ocorreram não em uma feira de games, mas sim em um evento próprio, no WTC Golden Hall, em São Paulo. Os oito times finalistas saíram de quatro torneios classificatórios e disputaram uma premiação de US$ 60 mil. A paiN Gaming conquistou o título.

Em 2014, a temporada brasileira contou com dois campeonatos, o que pode ser comparado aos splits do sistema de disputa atual. O termo CBLOL surgiu para nomear o Circuito Brasileiro de LoL.

A Liga Brasileira - Série dos Campeões, equivalente ao 1º Split do CBLOL de hoje, teve um evento inaugural em Porto Alegre (RS), depois partidas online e uma final em Fortaleza (CE), na primeira vez que o campeonato saiu de São Paulo. A premiação foi de R$ 100 mil.

A Final Regional Brasileira, equivalente ao 2º Split do CBLOL, ocorreu primeiro em São Paulo e depois no Rio de Janeiro, no Ginásio do Maracanãzinho. O campeonato, pela primeira vez, poderia classificar para o Worlds, o Campeonato Mundial de LoL, e teve premiação de R$ 100 mil.

Em 2015, o CBLOL passou por importantes mudanças: ganhou o formato de liga, com partidas semanais, totalmente disputadas em estúdio em São Paulo, e duas etapas anuais, com ambas podendo classificar para campeonatos internacionais. O vencedor do 1º Split entrava no circuito de classificação para o Mid-Season Invitational (MSI) e o campeão do 2º, para o Worlds. Os times brasileiros precisavam passar por torneios Wildcard, onde enfrentavam representantes de outras regiões menores como o Brasil.

Em 2015 também nasceu o Circuito Desafiante, série de campeonatos da 2ª divisão do LoL competitivo brasileiro e que posteriormente se transformaria em torneio único, também no formato de liga.

A temporada 2016 marcou o fim das chamadas "equipes-irmãs". Organizações não poderiam ter mais de um time no campeonato. Na ocasião, a INTZ RED virou RED Canids e a KaBuM.Black deixou de comercializar o time e perdeu a vaga para a Jayob e-Sports, que, por sua vez, a vendeu para a Operation Kino.

Naquele ano, a INTZ formada por Felipe "Yang" (topo), Gabriel "Revolta" (caçador), Gabriel "tockers" (meio), Micael "micaO" (atirador) e Luan "Jockster" (suporte) dominou as competições e venceu os dois splits.

Jogadores da INTZ com o troféu do 2º Split do CBLOL 2016, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo — Foto: Riot Games

Em 2017 passou a valer o rebaixamento automático do time último colocado na fase de classificação. Outra mudança teve influência na punição por inscrições de jogadores fora do prazo. Antes, as equipes perdiam pontos no campeonato e, depois de polêmicas no 2º Split do CBLOL 2016, quando times iniciaram o torneio com pontuação negativa, a Riot Games começou a cobrar multas em dinheiro pela irregularidade.

Foi em 2017 também que, em razão de uma mudança no formato do Worlds, os times brasileiros passaram a entrar diretamente no Mundial, sem necessidade de disputar uma competição prévia. O campeão do 2º Split do CBLOL se classifica para a Fase de Entrada.

Em 2018 o CBLOL teve alterações no formato, como a implantação do sistema de escalada nos playoffs e as séries melhor de três partidas (md3) na primeira fase, e não mais md2 como nos anos anteriores, o que elevou o número de jogos naquelas edições. A KaBuM conquistou o título de ambos os splits naquela temporada.

Em 2019 o formato teve nova atualização. Na fase classificatória, os times passaram a jogar séries md1, em três turnos, com só os quatro primeiros colocados avançando para os playoffs - não mais disputados em escalada.

O formato lançado em 2019 se manteve para o CBLOL de 2020 - última edição antes da implementação do sistema de franquias, atualmente vigente, e que passou a contar com dez equipes participantes, e não oito, como antigamente.

Final do 2º Split do CBLOL 2020 foi disputada do topo de prédio em São Paulo — Foto: Reprodução

Franquia

A temporada 2021 marcou a estreia do sistema de franquias no CBLOL - o modelo é utilizado em torneios de esportes tradicionais, como a NBA, de basquete, e a NFL, de futebol americano. Nesse sistema, as equipes se tornam sócias da liga e, portanto, participantes fixas da competição, compartilhando lucros, objetivos, decisões, direitos e deveres com a Riot Games.

Com a franquia também nasceu o CBLOL Academy, uma espécie de campeonato de base do LoL nacional, com os mesmos clubes da elite, mas com elencos diferentes, já que não há rebaixamento e promoção entre torneios.

Isso fez com que o CBLOL se adaptasse a um sistema adotado também em outras regiões competitivas do LoL, como América do Norte, China e Coreia do Sul.

Os clubes interessados em estar na franquia do CBLOL a partir de 2021 participaram de um processo seletivo ao longo de 2020 e foram escolhidos pela Riot Games. Os selecionados tiveram de pagar de R$ 4 milhões a R$ 4,4 milhões pelas vagas.

Para 2023, houve mudanças em três times participantes: o Fluxo entrou para a franquia ao comprar a vaga da Rensga; a Los Grandes adquiriu o posto do Flamengo; e a Vivo Keyd Stars passou a participar, no lugar da Miners.

Times do CBLOL

Os times que disputam o CBLOL no sistema de franquia são:

  • Fluxo
  • FURIA
  • INTZ
  • KaBuM
  • Liberty
  • Los Grandes
  • LOUD
  • paiN Gaming
  • RED Canids Kalunga
  • Vivo Keyd Stars

Formato

O CBLOL conta com duas fases: a classificatória e a eliminatória. Na primeira, os times se enfrentam em partidas semanais, e os melhores colocados na tabela se classificam para os playoffs.

Em 2022, a fase de classificação tem séries md1, disputadas em dois turnos em 18 rodadas, realizadas ao longo de nove semanas. Das dez equipes participantes, seis avançam para a fase eliminatória.

Nos playoffs, o sistema é o de eliminação dupla, ou seja, com Upper e Lower. Os quatro primeiros colocados passam para a chave superior, a Upper, enquanto os 5º e 6º lugares se classificam para a chave inferior, a Lower.

O prêmio atual do CBLOL é de R$ 400 mil por split, sendo R$ 100 mil destinados ao campeão.

Como assistir

O CBLOL é transmitido pelos canais oficiais da Riot Games Brasil na Twitch e no YouTube.

Times campeões

Vencedores do CBLOL

Temporada 1º Split 2º Split
2012 - vTi Ignis
2013 - paiN Gaming
2014 Keyd Stars KaBuM
2015 INTZ paiN Gaming
2016 INTZ INTZ
2017 RED Canids Team oNe
2018 KaBuM KaBuM
2019 INTZ Flamengo
2020 KaBuM INTZ
2021 paiN Gaming RED Canids Kalunga
2022 RED Canids Kalunga LOUD
2023 LOUD LOUD

Times mais vencedores

Times campeões do CBLOL

Equipe Nº de títulos Ano (Split)
INTZ 5 2015 (1º), 2016 (1º e 2º), 2019 (1º) e 2020 (2º)
KaBuM 4 2014 (2º), 2018 (1º e 2º) e 2020 (1º)
paiN Gaming 3 2013, 2015 (2º) e 2021 (1º)
RED Canids Kalunga 3 2017 (1º), 2021 (2º) e 2022 (1º)
LOUD 3 2022 (2º) e 2023 (1º e 2º)
Flamengo 1 2019 (2º)
Team oNe 1 2017 (2º)
Vivo Keyd 1 2014 (1º)
vTi Ignis 1 2012

Jogadores mais vencedores

Atletas com mais títulos de CBLOL

Jogador Nº de títulos Ano (Split)
Felipe "brTT" 6 2013, 2014 (1º), 2015 (2º), 2017 (1º), 2019 (2º) e 2021 (1º)
Leonardo "Robo" 6 2017 (1º), 2019 (2º), 2021 (1º), 2022 (2º) e 2023 (1º e 2º)
Thiago "Tinowns" 5 2014 (2º), 2021 (1º), 2022 (2º) e 2023 (1º e 2º)
Micael "micaO" 4 2015 (1º), 2016 (1º e 2º) e 2020 (2º)
Gabriel "tockers" 4 2015 (1º), 2016 (1º e 2º) e 2017 (1º)
Alexandre "TitaN" 4 2018 (1º e 2º), 2021 (2º) e 2022 (1º)
Denilson "Ceos" 4 2020 (1º), 2022 (2º) e 2023 (1º e 2º)
Felipe "Yang" 3 2015 (1º) e 2016 (1º e 2º)
Gabriel "Revolta" 3 2015 (1º) e 2016 (1º e 2º)
Luan "Jockster" 3 2015 (1º) e 2016 (1º e 2º)
Matheus "Mylon" 3 2012, 2014 (1º) e 2015 (2º)
Ygor "RedBert" 3 2017 (2º), 2019 (1º) e 2020 (2º)
Jong-hoon "Croc" 3 2022 (2º) e 2023 (1º e 2º)

Finais

As finais de CBLOL costumam ser eventos específicos, realizados em arenas pelo Brasil, com milhares de pessoas torcendo pelos times nas arquibancadas.

Até mesmo em 2020 e 2021, anos em que a pandemia de Covid-19 fez com que os campeonatos fossem disputados pela internet, as finais de 2º Split aconteceram presencialmente - mas, nesses casos, sem presença de torcida.

Finais do CBLOL

Ano (Split) Cidade Local
2012 São Paulo, SP BGS, Expo Center Norte
2013 São Paulo, SP WTC Golden Hall
2014 (1º) Fortaleza, CE Centro de Convenções de Fortaleza
2014 (2º) Rio de Janeiro, RJ Ginásio do Maracanãzinho
2015 (1º) Florianópolis, SC CentroSul
2015 (2º) São Paulo, SP Allianz Parque
2016 (1º) São Paulo, SP Estúdio da Riot Games
2016 (2º) São Paulo, SP Ginásio do Ibirapuera
2017 (1º) Recife, PE Classic Hall
2017 (2º) Belo Horizonte, MG Ginásio do Mineirinho
2018 (1º) São Paulo, SP Estúdio da Riot Games
2018 (2º) Porto Alegre, RS Auditório Araújo Vianna
2019 (1º) São Paulo, SP Estúdio da Riot Games
2019 (2º) Rio de Janeiro, RJ Jeunesse Arena
2020 (1º) Online -
2020 (2º) São Paulo, SP Topo de edifício
2021 (1º) Online -
2021 (2º) Rio de Janeiro, RJ Morro da Urca
2022 (1º) São Paulo, SP Estúdio da Riot Games
2022 (2º) São Paulo, SP Ginásio do Ibirapuera
2023 (1º) São Paulo, SP Estúdio da Riot Games
2023 (2º) Recife, PE Ginásio Geraldão

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