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Por Redação do ge — Nova York, EUA


Existe um motivo financeiro por trás de a EA Sports estar considerando uma mudança de nome do FIFA, franquia que perdura há quase três décadas e se encontra atualmente no FIFA 22. De acordo com o jornal americano The New York Times, a Fifa quer US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) pelo período de quatro anos para renovar a licença com a empresa. O valor é mais que o dobro que a publisher paga no atual acordo que chegará ao fim em dezembro de 2022.

Mbappé está novamente na capa do FIFA — Foto: Divulgação/EA Sports

Ainda segundo o jornal, a Fifa prefere que o acordo de exclusividade com a EA Sports se restrinja ao uso da licença em games. Por outro lado, a produtora almeja explorá-la dentro do ecossistema da franquia, como melhores momentos de jogos reais, campeonatos em arenas e produtos digitais como NFTs.

Atualmente, o acordo com a Fifa permite à EA Sports usar o nome Fifa nos games e produzir jogos oficiais da Copa do Mundo. Também lhe dá o direito de ser o parceiro na organização de campeonatos de esports da entidade, como a FIFAe World Cup (antiga FIFA Interactive World Cup).

Na semana passada, a EA Sports surpreendeu o mundo ao citar a perspectiva da mudança de nome da franquia FIFA no meio de um comunicado em comemoração aos números de vendas e de jogadores na primeira semana do FIFA 22. No texto, o diretor-geral da produtora, Cam Weber, se respaldou nas "parcerias e licenças mais significativas para os jogadores" ao antecipar publicamente a possibilidade.

Para ter jogadores, times e campeonatos licenciados de variadas regiões do mundo, a EA Sports negocia com outras entidades que não a Fifa. Por exemplo, a licença da FIFPro (Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol) garante os direitos de atletas de mais de 60 países - o Brasil não faz parte. E a publisher ainda tem parcerias com nomes como Champions League (Liga dos Campeões), Taça Libertadores, Premier League (Campeonato Inglês), LaLiga (Campeonato Espanhol), Bundesliga (Campeonato Alemão), e mais, as quais proporcionam uma experiência mais autêntica no jogo.

MoAuba beija taça da FIFA eWorld Cup 2019 — Foto: Getty Images

Os jogos de futebol da EA Sports utilizam a marca Fifa desde sua criação com o FIFA International Soccer, de 1993. De lá para cá, sempre a cada ano é lançada uma nova versão do game, totalizando quase três décadas de parceria com games que costumam figurar entre os mais vendidos do mundo.

Rival da EA Sports, a Konami promoveu neste ano uma alteração de nome na sua franquia de jogos de futebol. Depois de anos usando a marca Pro Evolution Soccer, a empresa tornou o game grátis e adotou o eFootball, para representar também a mudança para um modelo de jogo como serviço abrangendo diversos plataformas. Também lançado recentemente, o eFootball 2022 foi detonado pela comunidade e se tornou o pior jogo na Steam, forçando a Konami a pedir desculpas por diversos bugs e erros bizarros.

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