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Por Bruno Imaizumi e Valmir Storti — Rio de Janeiro


Botafogo x Bragantino é o confronto de mais alto nível técnico da 12ª rodada se considerada a classificação atual do Brasileirão. O quarto colocado contra o sexto. No outro extremo da tabela, o último colocado Fluminense recebe o 17ª, o Vitória.

Bárbara Mendonça explica saída de Fernando Diniz do Fluminense

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Na disputa pela liderança, o líder Flamengo viaja para enfrentar o 12º colocado Juventude. Já o vice-líder Palmeiras será visitante contra o 11 colocado Fortaleza. São os únicos dois visitantes considerados favoritos nesta rodada.

O terceiro colocado Bahia, é o único que pode se intrometer nessa disputa pela liderança, mas precisa torcer pelas derrotas de Flamengo e Palmeiras e derrotar o 15º colocado Vasco por pelo menos três gols de diferença, dependendo do placar dos rivais, para tomar a ponta da tabela no saldo de gols.

Favoritismos #12 — Foto: Info esporte

Analisamos 105.720 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 4.284 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Cruzeiro

  • O Cruzeiro segue como melhor mandante do Brasileirão com 100% de aproveitamento em quatro jogos, com o melhor ataque caseiro (2,5). O Athletico-PR é o décimo visitante (1 V, 2 E, 2 D, 33%), com a quinta melhor defesa visitante (1,00). Alta produtividade com eficiência explicam o sucesso do ataque do Cruzeiro, o terceiro mandante que mais finaliza (média 16,5 por jogo) com a segunda maior eficiência, um gol a cada 6,6 tentativas.
  • Será um embate muito interessante, principalmente após a saída do técnico Cuca do Athletico-PR, defesa que fora de casa vinha tendo a quinta maior resistência a pressões adversárias, com um gol sofrido a cada 13,6 conclusões contrárias, e média de 13,6 finalizações sofridas por jogo, oitava marca. Os outros dados estão na arte acima.
  • O Athletico-PR tem potencial para surpreender a partir do jogo aéreo porque marcou assim sete dos últimos dez gols (11 de 15) e está aí a vulnerabilidade defensiva do Cruzeiro, com sete dos últimos dez gols tendo origem em bolas altas (9 de 11). O Cruzeiro é o terceiro time que mais sofreu gols a partir de jogadas aéreas no Brasileirão (nove, sendo sete em bolas em jogo), e o Athletico-PR é o time que mais fez gols assim (nove, seis com a bola em jogo). A efetividade ofensiva do Cruzeiro está no jogo rasteiro, marcando assim oito dos últimos dez gols. A defesa do Athletico-PR tem sido pouco vazada em trocas de passes rasteiros, sofrendo apenas dois dos últimos dez gols assim.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Botafogo

  • No agregado dos mandos, o Botafogo segue com o ataque mais eficaz de toda a Série A, um gol marcado a cada 7,0 tentativas, mesmo sendo a quinta equipe que menos finaliza, com média de 11,5 finalizações por partida. Em casa, a eficiência é um pouco menor, um gol a cada 7,7 tentativas, a quarta maior entre os mandantes, com média de 13,8 tentativas.
  • Isso tende a ser um problema para o Bragantino, o terceiro visitante que mais permite finalizações de mandantes na competição (16,2 por jogo), ainda que tenha a sexta maior resistência a pressões, um gol sofrido a cada 13,5 conclusões contrárias. A eficiência do Botafogo em casa lhe dá um potencial para fazer dois gols na partida.
  • Os dois times marcaram metade dos últimos dez gols em jogadas rasteiras e metade em aéreas e sofreram seis dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros.

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Corinthians

  • Em casa, o Corinthians segue apostando em sua força defensiva, o quarto mandante que menos sofre gols (três, média 0,60). Será um teste e tanto para seu sistema defensivo porque o Cuiabá vem de vitória sobre o São Paulo, no Morumbi, e não só isso: tem três vitórias nos últimos quatro jogos fora de casa (Lanús, Criciúma são os outros). O Cuiabá está com o terceiro ataque mais eficaz entre os visitantes, com um gol a cada 6,9 tentativas, apesar de ser o quarto forasteiro que menos conclui (9,6).
  • No ataque, o Corinthians tem falhado, não fez gol em três dos cinco jogos como mandante. Apesar de ser o quinto mandante que mais constrói jogadas de ataque (14,8 finalizações por partida), está com a terceira menor eficiência caseira, um gol a cada 14,8 tentativas. O Cuiabá está com a quarta menor resistência defensiva visitante, um gol sofrido a cada 7,8 conclusões contrárias com média de 14,0 finalizações sofridas por jogo (14,0).
  • Os dois times marcaram seis dos últimos dez gols trocando passes rasteiros, e foi assim que o Corinthians sofreu sete dos últimos dez gols. A defesa do Cuiabá vem controlando relativamente bem o jogo rasteiro, tendo como ponto mais fraco o jogo aéreo, já que sofreu assim sete dos últimos dez gols.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Atlético-GO

  • Duas equipes muito pressionadas. O Atlético-GO busca um novo técnico e começa a rodada como o pior mandante do Brasileirão (0 V, 1 E, 4 D, 7%), e o Grêmio é o pior visitante (4 D, 0%). O Atlético-GO tem a pior eficiência ofensiva caseira, um gol a cada 23,0 tentativas, e a segunda pior resistência defensiva, um gol sofrido a cada 7,3 conclusões contrárias.
  • Ainda lidando com os traumas das enchentes no Rio Grande do Sul, o Grêmio é o visitante que menos finalizou na competição, com média de 7,8 arremates por partida. Com uma produtividade tão baixa, a mediana eficiência de um gol a cada 15,5 tentativas passa a ser mais um problema a ser superado pela equipe. O Atlético-GO é o terceiro time que mais finaliza de dentro da área (8,4); o Grêmio é o que menos faz isso (5,3). Curiosamente, o Atlético-GO tem um gol a cada 18,4 finalizações de dentro da área, enquanto o Grêmio tem um a cada 9,6.
  • O Atlético-GO marcou sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas e sofreu assim seis dos últimos dez. Já no Grêmio é a bola rasteira que domina, com sete dos últimos dez gols marcados e seis dos últimos dez gols sofridos.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Flamengo

  • São nove jogos de invencibilidade do Flamengo (8 V, 1 E, 93%). Nos últimos nove jogos, o Juventude tem desempenho bem inferior (3 V, 3 E, 3 D, 44%). Ainda assim é preciso considerar: o Juventude perdeu apenas um jogo como mandante em toda a temporada, contra o Internacional, pelo Gaúcho (7 V, 5 E, 1 D,67%). E não é só: de 2006 para cá, foram quatro jogos pela Série A com este mando, e o Flamengo não venceu: duas vitórias do Juventude e dois empates. Potencial para ser um jogo emocionante.
  • O Flamengo marcou metade dos últimos dez gols usando bolas altas e metade trocando passes rasteiros, já o Juventude sofreu seis dos últimos dez gols (quatro dos últimos cinco) a partir de jogadas aéreas. O ponto fraco da defesa do Flamengo é o jogo aéreo, pois sofreu 9 dos últimos 11 gols dessa forma. O Juventude só levantou a bola para marcar cinco de seus últimos 18 gols.

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Internacional

  • Devido às catástrofes climáticas, o Internacional vai mandar a partida no Heriberto Hulse. Evidentemente, longe de ser uma boa notícia para o Atlético-MG, quando a bola começar a rolar, será uma grande oportunidade enfrentar o Inter longe do Beira-Rio. Desde 2014, esses dois clubes têm praticamente alternado uma vitória e uma derrota quando o mando é gaúcho (com exceção de 2020, durante a pandemia, quando o Inter repetiu uma vitória). É jogo duro.
  • São dois enfrentamentos distintos em um só jogo: o Atlético-MG está com o quarto ataque forasteiro mais eficaz, um gol a cada 7,1 tentativas, mas a defesa do Internacional é a quinta mandante mais resistente, um gol sofrido a cada 17,5 conclusões contrárias. No confronto oposto, o Internacional está com a quinta menor eficiência mandante, um gol a cada 13,3 conclusões. Defensivamente, o Atlético-MG tem a segunda menor resistência defensiva, um gol sofrido a cada 7,1 conclusões contrárias, mas é o terceiro que menos permite finalizações de mandantes (10,0).
  • O Atlético-MG tem potencial para surpreender a partir do jogo aéreo porque marcou assim seis dos últimos dez gols (10 de 14), e foi dessa forma que o Internacional sofreu três dos últimos cinco gols. No ataque, o Internacional tem metade dos últimos dez gols em jogadas aéreas e metade em trocas de passes rasteiros. O Internacional sofreu cinco dos últimos sete gols em jogadas rasteiras.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Bahia

  • O Vasco chega inspirado pela goleada em casa sobre o São Paulo (4 a 1) e se repetir a dose, passará um extraordinário recado para sua torcida. Isso porque o Vasco tem a pior campanha visitante deste Brasileirão (5 D, 0%), e o Bahia, simplesmente a melhor mandante (5 V, 100%). Na rodada passada, o Bahia goleou em casa o Cruzeiro (4 a 1).
  • O Bahia tem a maior eficiência ofensiva caseira do campeonato, um gol a cada 6,4 tentativas, e a segunda maior resistência defensiva caseira, um gol sofrido a cada 25,5 conclusões contrárias. O Vasco está com a segunda pior eficiência ofensiva forasteira, um gol a cada 26,0 tentativas. Os outros dados estão na arte acima.
  • Após oito gols rasteiros seguidos, o Bahia passou a explorar mais as bolas aéreas, marcando assim sete dos últimos dez gols. Defensivamente, também sofre mais com bolas altas, sofrendo assim seis dos últimos dez (9 de 13). No Vasco, é a troca de passes rasteiros que balança as redes: marcou e sofreu assim cinco dos últimos seis gols.

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Palmeiras

  • Tem sido um confronto difícil para ao Palmeiras ao longo dos anos com este mando pela Série A: de 2006 para cá, foram seis confrontos, duas vitórias do Fortaleza e apenas uma do Palmeiras, sendo que Vojvoda recebeu Abel Ferreira três vezes, venceu uma e empatou duas no Brasileirão. Parece ser a grande chance de Abel Ferreira vencer Vojvoda porque o Palmeiras está com a maior resistência defensiva forasteira, um gol sofrido em 59 conclusões contrárias. Não sofreu gol em quatro dos cinco jogos fora de casa, melhor desempenho. Ao mesmo tempo, o Fortaleza está com a quarta pior eficiência ofensiva caseira, um gol a cada 13,6 tentativas. Mas, você sabe, é futebol...
  • Tem tudo para ser emocionante porque o Palmeiras é o time que mais fez finalizações em contra-ataques (28 com média 2,55), e o Fortaleza, o quarto (21 com média 2,10). Ao mesmo tempo, o Palmeiras é o terceiro time que mais sofreu finalizações em contra-ataques (23 com média 2,09) e o Fortaleza, o quarto que mais sofreu dessas finalizações (20 com média 2,0). Cada time sofreu um gol assim. O Fortaleza marcou três, e o Palmeiras, dois.
  • O Palmeiras tem potencial para marcar a partir de jogada aérea: fez assim quatro dos últimos cinco gols, e o Fortaleza sofreu dessa forma quatro dos últimos seis gols. No ataque, o Fortaleza marcou oito dos últimos dez gols (11 de 13) trocando passes rasteiros, e o Palmeiras sofreu assim sete dos últimos dez gols.

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Flumiense

  • A ver como o elenco do Fluminense vai reagir à demissão do técnico Fernando Diniz. Embora estivesse produzindo muito pouco no ataque (12,0 finalizações por jogo em casa, quinta pior média), o ataque até estava com uma eficiência razoável em casa, um gol a cada 9,0 tentativas, sétima marca. O problema tem sido defensivo, com muitos erros, o terceiro mandante que mais permitiu finalizações (15,5) e o sexta menor resistência defensiva caseira, um gol sofrido a cada 10,3 conclusões contrárias.
  • Os problemas do Vitória parecem ser mais difíceis de resolver: não vence como visitante há sete jogos, com uma única vitória fora de casa nas últimas nove partidas (1 V, 3 E, 5 D, 22%). No Brasileirão, vem precisando de 19,0 finalizações para fazer um gol (sexta pior eficiência forasteira) e tem sofrido um gol a cada 8,6 conclusões contrárias (14ª marca defensiva).
  • O Fluminense marcou seis dos últimos dez gols trocando passes rasteiros, e foi como o Vitória sofreu a mesma proporção de gols. No ataque, o Vitória marcou sete dos últimos dez gols também em jogadas rasteiras. O Fluminense sofreu seis dos últimos dez gols (9 de 13) a partir de jogadas aéreas.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> São Paulo

  • Após 12 jogos de invencibilidade sob o comando de Luis Zubeldía, o São Paulo perdeu logo dois jogos seguidos depois de queimar muita energia e não conseguir derrotar o Corinthians. Nesse momento de instabilidade, recebe simplesmente o melhor ataque do Brasileirão, o Criciúma, com 16 gol marcados em nove jogos (média 1,78). Como comparação, o São Paulo tem 15 gols em 11 partidas, sétima média (1,36). A defesa do Criciúma tem se mostrado mais vulnerável, com 1,78 gol sofrido por partida (segunda pior marca), enquanto o São Paulo tem média de 1,18 gol sofrido (oitava).
  • Curiosamente, o Criciúma enfrentou duas vezes como visitante o São Paulo pela Série A de 2006 para cá e não perdeu, um empate e uma vitória do Criciúma. Um adversário que exige cuidados por parte do São Paulo. O Criciúma está com a quarta melhor campanha visitante (2 V, 1 E, 1 D, 58%), o São Paulo, com o 12º desempenho caseiro (2 V, 1 E, 2 D, 47%). É de se esperar que o São Paulo domine ao menos da posse de bola: tem o maior percentual do Brasileirão (57,3%), e o Criciúma, a segunda menor (44%).
  • No Criciúma, é o jogo aéreo que desperta mais emoções, com sete dos últimos dez gols feitos e sofridos nascendo com bolas altas. O São Paulo tem controlado muito bem seu espaço aéreo, não sofrendo gol de bolas altas entre os últimos oito que levou. No ataque, o São Paulo marcou quatro dos últimos trocando passes rasteiros.

Metodologia

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2024 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de "Gols Esperados" ou "Expectativa de Gols" (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 105.720 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.284 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o "pé bom" (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o "pé ruim" (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

Favoritismos apresenta também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Zé Victor Meirinho.

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