TIMES

Por Valmir Storti e Zé Victor Meirinho — Rio de Janeiro


Anunciado na última sexta-feira pelo Santos (empréstimo até dezembro, com obrigatoriedade de compra), Patrick chega à Vila Belmiro após um período de pouco espaço no Atlético-MG. Apesar de ter sido o sexto jogador de linha mais utilizado pelo técnico Eduardo Coudet nos seis primeiros meses de 2023, com Luiz Felipe Scolari a história foi bem diferente. No período em que foi o treinador do Galo, de junho de 2023 a abril de 2024, Felipão não utilizou o meia de 31 anos como titular em nenhuma oportunidade, fazendo com que os seus números no clube mineiro despencassem.

Veja lances de Patrick, meio-campista agora contratado pelo Santos

Veja lances de Patrick, meio-campista agora contratado pelo Santos

Ao todo, foram 48 jogos pelo Atlético. Com Coudet, foram 30 partidas, sendo metade delas como titular. O fato de já terem trabalhado juntos no Internacional em 2020 colaborou para Patrick ser um dos homens de confiança do técnico argentino no Galo.

Já com Scolari, foram 18 jogos. Por opção técnica do treinador, todos como reserva. No período em que Felipão comandou o Atlético, o meia não sofreu nenhuma lesão, mas o comandante preferia escalar outros nomes no setor, como Edenílson, Zaracho, Igor Gomes e Rubens, por exemplo - todos esses com mais minutos do que Patrick com o técnico.

Os 21 jogadores mais utilizados por Felipão

Jogador Reserva Titular Total
Everson 0 3982 3982
Guilherme Arana 0 3846 3846
Paulinho 0 3717 3717
Hulk 0 3570 3570
Jemerson 139 3053 3192
Otávio 21 2832 2853
Mauricio Lemos 119 2196 2315
Igor Gomes 488 1736 2224
Saravia 290 1930 2219
Battaglia 92 2103 2194
Pavón 347 1550 1897
Edenílson 270 1521 1791
Mariano 104 1616 1719
Zaracho 129 1437 1565
Bruno Fuchs 72 1436 1508
Alan Franco 320 933 1253
Igor Rabello 174 1062 1236
Rubens 441 514 955
Pedrinho 342 537 879
Gustavo Scarpa 49 718 767
Patrick 497 0 497

A favor da decisão de Felipão pesa o fato dos números de Patrick terem caído na sua chegada ao Atlético, mesmo com as oportunidades oferecidas por Eduardo Coudet. Com o técnico argentino, foram 1.771 minutos em campo, e uma participação direta em gol a cada 590 minutos (um gol e duas assistências).

Como comparação, no Inter, ele foi titular em 90% dos jogos que disputou e participou diretamente de um gol a cada 356 minutos. Já no São Paulo, em 65% das partidas disputadas Patrick foi titular e teve uma média de uma participação em gol a cada 197 minutos.

Patrick chega ao Santos em busca de reafirmação — Foto: Pedro Souza/ Atlético-MG

Os números em Inter e São Paulo

Patrick passou quatro anos no Internacional, de 2018 a 2021, com 199 jogos (179 como titular), 26 gols e 19 assistências. Sobre as 45 participações diretas em gols, o meia, que também atuou como volante, se destacou pela presença na área, com 11 gols na pequena área e 15 gols na grande área.

"Feliz pela estreia do Santos no sentido de resultado", diz Isabel | Voz da Torcida

"Feliz pela estreia do Santos no sentido de resultado", diz Isabel | Voz da Torcida

Como garçom, fez mais da metade de suas assistências pelo lado esquerdo, posição em que costumar atuar e entrar na área. Contando os escanteios, foram 11 bolas da esquerda do ataque que viraram gols de companheiros.

— Foto: InfoEsporte

No Tricolor Paulista, Patrick atuou 55 vezes - começou 36 partidas como titular e entrou como reserva em 19. Foram nove gols e oito assistências. Dessas 17 participações diretas em gols, 10 foram "decisivas", que é quando o time está empatando ou perdendo por um gol de diferença.

Patrick marcou nove gols pelo São Paulo — Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Apesar ter ficado no São Paulo por apenas um ano, de janeiro de 2022 a janeiro de 2023, as características de seus lances se mantiveram. Foram sete assistências pelo lado esquerdo de ataque e todos os nove gols dentro da área, sendo três dentro da pequena área.

— Foto: InfoEsporte

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Zé Victor Meirinho.

Veja também

Mais do ge