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Por Fabrício Marques — Ceilândia, DF

O torcedor do Ceilândia-DF sofreu. A vantagem do empate por conta da vitória por 1 a 0 no jogo de ida contra o Comercial-MS, em Campo Grande, foi por água abaixo logo no início do confronto de volta, neste sábado, no Estádio Abadião, no Distrito Federal. Ainda assim, o Gato Preto mostrou fibra, foi em busca do empate em 1 a 1 e garantiu a classificação às oitavas de final do Campeonato Brasileiro da Série D.

Em duelo marcado pelo equilíbrio, o Comercial não se intimidou e abriu o placar logo aos 23 minutos do primeiro tempo, com Adriano. Ainda antes do intervalo, os donos da casa tiveram a oportunidade do empate, em cobrança de pênalti de Elivelto, que parou na trave. Mas no segundo tempo, aos 15 minutos, Filipe Cirne cobrou falta com categoria e deixou tudo igual: 1 a 1. Os 30 minutos finais foram de pressão dos visitantes e desespero da torcida candanga, mas no fim, o Ceilândia conseguiu se segurar e se manter vivo na competição.

Série D: Ceilândia arranca empate com o Comercial-MS e vai às oitavas

Série D: Ceilândia arranca empate com o Comercial-MS e vai às oitavas

- Quando os adversários se conhecem tão bem, vira um jogo de estratégia. A gente sabia o que eles iam fazer, eles sabiam o que a gente ia fazer. E o jogo não poderia ser resolvido de outra forma, foi na bola parada. Mas ainda não ganhamos nada, temos outros dois confrontos de mata-mata para alcançar a Série C, que é o nosso objetivo - afirmou o autor do gol do Ceilândia, Filipe Cirne.

O adversário do time do DF na próxima fase será o América-RN, que eliminou a Aparecidense-GO após empate em 0 a 0 no primeiro jogo e vitória por 1 a 0 na segunda partida. O primeiro jogo será em Brasília, no próximo sábado, com duelo de volta marcado para o dia 28 de julho, em Natal.

Bola parada resolve

Ceilândia e Comercial se conheciam muito bem. Os dois times já tinham se enfrentado na fase de classificação, com uma vitória para cada lado. Não por acaso, o equilíbrio foi a tônica do duelo pelo mata-mata. E a bola parada foi decisiva.

Assim como no gol da vitória do Ceilândia no primeiro jogo, o Comercial abriu o placar em cobrança de escanteio no duelo deste sábado no Distrito Federal: Adriano aproveitou a cobrança na primeira trave, subiu mais que a defesa dos donos da casa e escorou para o gol aos 23 minutos, na primeira chegada mais perigosa dos visitantes.

Melhor postado em campo, o Ceilândia, que já tinha criado algumas boas chances, continuou pressionando e teve a melhor oportunidade de empatar aos 33 minutos, quando Dudu Lopes foi derrubado na área. Pênalti cobrado por Elivelto, mas que parou na trave.

Mas a bola parada ainda apareceria mais uma vez. O Gato Preto seguiu em cima na segunda etapa e, aos 15 minutos, Emerson Martins foi derrubado na entrada da área. A falta foi cobrada com perfeição por Filipe Cirne, no ângulo esquerdo do goleiro Guilherme, que nada pôde fazer: 1 a 1 no placar.

Precisando de apenas mais um gol para ficar com a vaga - vitória por 2 a 1 daria a classificação aos visitantes por terem marcado mais vezes na casa do adversário -, o Comercial conseguiu impor uma pressão ao Ceilândia em boa parte do segundo tempo, mas parou nas boas defesas do goleiro Artur. Fim de jogo, empate em 1 a 1, classificação do Ceilândia e festa nas arquibancadas.

Ceilândia e Comercial fizeram confronto equilibrado no DF — Foto: Fabrício Marques

Fala, professor

- Foi sofrida porque nossa equipe fez um bom primeiro tempo, tinha chance de sair ganhando. Sofremos o gol, não conseguimos empatar no primeiro tempo. E o segundo tempo foi esse sufoco, mas valeu demais ela classificação. Acho que tivemos o domínio do jogo na maior parte, procuramos mais o gol, mas tivemos que nos expor um pouco e a classificação foi fruto da nossa vitória lá no Mato Grosso - Adelson de Almeida, técnico do Ceilândia.

- O jogo foi equilibrado. Diante dos problemas que estamos enfrentando, viemos aqui e jogamos de igual para igual. Mas infelizmente, não deu. Pressionamos no fim, mas faltou o gol. Tivemos uma participação inedita na Série D, então valeu ainda assim - Válter Ferreira, técnico do Comercial.

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