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Por Combate.com — Rio de Janeiro


A polícia americana está investigando um suposto incidente envolvendo Jon Jones após uma representante da agência antidoping registrar um boletim de ocorrência alegando que o lutador a agrediu e ameaçou matá-la durante uma visita à sua casa.

As informações foram reveladas pelo "MMA Fighting".

Jon Jones — Foto: Chris Unger/Getty Images

Um relatório policial apresentado na última sexta-feira revelou que o caso ocorreu no dia 30 de março. Tudo aconteceu quando Crystal Martinez foi, junto com outro funcionário, até a casa do campeão dos pesos-pesados coletar amostras para o exame antidoping, aproximadamente às 16h. Segundo ela, Jones teria colaborado no início, mas quando seu colega foi recolher a urina do lutador, ele disse que "Bones" não conseguiu urinar.

Martinez contou que então se ofereceu para colher uma amostra de sangue, e que Jones parecia agitado. De acordo com ela, o lutador começou a dizer que iria processá-los, e então pegou o telefone dela, que estava sobre um balcão e começou a gravar o ocorrido. Após guardar o celular, Jones teria dado um tapa no rosto dela, e reclamado: "Por que vocês vêm tão cedo? Você sabe o que acontece quando as pessoas vêm até minha casa... elas acabam mortas".

A agente disse à polícia que se assustou bastante e queria encerrar o teste, mas ficou com medo de que Jones a agredisse, já que os atletas do UFC são punidos por não fazerem o teste antidoping. Martinez disse ainda que queria fazer uma ligação para pedir ajuda, mas Jones ainda estava com seu telefone.

Ela contou que Jones concordou em fazer o teste de urina novamente e devolveu o celular, e aproveitou para avisar seu chefe do fato, enquanto o campeão do UFC havia saído para tentar recolher a urina, sob a supervisão do outro representante da agência, que quando voltou com a amostra parecia pálido e nervoso, e cometendo erros ao tentar embalar o material recolhido.

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Martinez disse também à polícia que acreditava que Jones poderia estar embriagado, já que sentiu o cheiro de uma bebida alcoólica vindo dele. Após apresentar um relatório interno para seu chefe, ela contou que pretendia registar um boletim de ocorrência, mas foi orientada a esperar um contato de representantes do UFC sobre o caso.

A funcionária da agência disse que seu colega não quis registrar o caso com medo da repercussão, mas ela registrou as acusações nesta sexta, acusando-o de agressão e de interferência nas comunicações, já que ele teria tomado seu telefone.

Jon Jones rebate acusações

Neste sábado, o campeão dos pesos-pesados do UFC foi até suas redes sociais e abordou o assunto.

- Quero falar sobre os relatos sobre eu supostamente ameaçar a vida de uma testadora de drogas e roubar um telefone. Quero esclarecer que há um vídeo que mostra os dois testadores de drogas saindo de minha casa após a sessão de testes, onde trocamos um cumprimento e um abraço. Embora eu estivesse frustrado com o pouco profissionalismo e usasse palavrões por frustração, tudo terminou de forma amigável, nada ameaçador. Na verdade, eu estava comemorando o aniversário de um amigo na minha casa e acredito que seja perfeitamente normal comemorar no conforto da minha própria casa. Eu devo dizer que essa testadora em particular se comportou de maneira pouco profissional e até violou o protocolo padrão das leis HIPPA (lei que protege informações confidenciais de saúde do paciente). Ao longo dos meus 20 anos sendo submetido a testes de drogas, nunca tive nenhum incidente com um oficial antes.

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