TIMES

Por Combate.com — Toronto, Canadá


Amanda Nunes, na primeira fila da arena em Toronto, no Canadá, assistiu ao fim oficial de seu reinado no peso-galo (até 61,2kg) do UFC, depois que vagou o cinturão no ano passado. De perto, ela viu a brasileira Mayra Sheetara ser derrotada pela agora nova campeã Raquel Pennington, após uma decisão unânime dos juízes (49-46, 49-46 e 49-45) na co-luta principal do UFC 297.

Ali de perto, Amanda Nunes parabenizou e comemorou a vitória de Pennington, de quem é amiga. Com a família, ela comemorou ao lado de Tecia Torres, lutadora do UFC e companheira de Pennington.

Raquel Pennington é a nova campeã peso-galo após Amanda Nunes vagar cinturão — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC via Getty Images

Aos 35 anos e com um cartel de 16 vitórias e oito derrotas, Raquel Pennington entrou no UFC em 2013, via TUF. Na organização, a americana tem 13 vitórias e cinco vitórias. Em 2018, teve sua primeira tentativa de ser campeã, mas acabou derrotada por Amanda Nunes no Rio de Janeiro. Ela é lutadora mais velha da história do UFC a se tornar campeã e a primeira mulher com mais de 35 anos a derrotar uma adversária mais jovem numa luta pelo título.

A luta

No primeiro round, com apenas 30 segundos, Pennington catou as pernas de Sheetara, mas a brasileira se defendeu. Na grade, as duas trocaram posições, mas foi Sheetara quem conectou uma boa cotovelada. Pennington tentou nova queda e Mayra quase encaixou uma guilhotina. De pé, Sheetara se manteve levando perigo e combinou dura cotovelada e depois joelhada no clinche. Restando 2min40s, Sheetara cinturou e derrubou a adversária. A brasileira conseguiu ir para as costas, colocou os dois ganchos e tentou sair no mata-leão. Pennington, de pé, defendeu bem. Sheetara tirou os ganchos, mas seguiu nas costas da americana. Restando 40 segundos, Sheetara acabou sentada com as costas na grade e grudada nas costas de Pennington, enquanto disparava bons golpes no rosto da americana.

Sheetara teve algumas chances de finalizar Pennington, mas americana estava com a defesa em dia — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC via Getty Images

Pennington voltou mais perigosa jogando a mão direita. Sheetara levou a luta para a grade e travou o ímpeto da adversária. As duas passaram então a trocar golpes perigosos próximas à grade e ambas engoliram golpes limpos na curta distância, mas foi a brasileira quem levou a pior. Sheetara então travou de novo a americana na grade. Quando se desgrudaram, Pennington foi para cima, golpeou forte na cabeça a brasileira, que sentiu. Sheetara sobreviveu à blitz e conseguiu ir para as costas, colocando os ganchos e tentando fechar a cana do braço restando 40 segundos. Pennington conseguiu segurar o braço da brasileira e esperou o gongo soar.

No terceiro round, após um início equilibrado, Sheetara conseguiu derrubar a americana, mas que bateu e se levantou. Na sequência, Sheetara tentou sair num triângulo de mão, mas a americana se defendeu de novo. A luta ficou na grade travada e chegou a gerar vaias. Depois, Pennington conectou bons golpes, mas Sheetara levou para a grade diante das dificuldades. A brasileira tentou a queda, mas acabou por baixo. Pennington tentou por duas vezes uma guilhotina, mas a brasileira se defendeu.

Raquel Pennington passou a levar vantagem contra Sheetara do meio para o fim da luta — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC via Getty Images

No penúltimo round, Pennington começava a se impor fisicamente através da luta agarrada. Mas, passado o primeiro minuto e meio, Sheetara conseguiu virar no clinche e depois transitou para as costas. Na posição, chegou a fechar a cana do braço no pescoço da americana no melhor momento dela na luta, mas a americana mostrou fôlego para sobreviver e escapar. No último minuto, Pennington jogava pesado no ground and pound, enquanto Sheetara tentava buscar uma finalização por baixo para salvar a luta.

No último e decisivo round, Pennington voltou mais uma vez melhor fisicamente, se impondo na trocação. Depois, quando levou Sheetara para a grade, Pennington caiu por cima e, após pesar bem o quadril, evoluiu para a montada. Ali, a americana foi para a posição do katagatame, onde, apesar de não conseguir finalizar, se manteve na posição de domínio por cima esperando o tempo passar, já que na decisão já estava ciente da vitória.

Gillian Robertson nocauteia Polyana Viana

Gillian Robertson venceu Polyana Viana por nocaute técnico aos 3min12s do R2 — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC via Getty Images

A fase, definitivamente, não é boa para Polyana Viana no UFC. A lutadora paraense da Chute Boxe/Diego Lima foi nocauteada pela canadense Gillian Robertson aos 3min12s do segundo round, num duelo peso-palha (até 52,7kg). Com isso, ela tem três derrotas nas últimas quatro lutas, num cartel que soma agora 13 vitórias e sete derrotas. Na organização, Polyana tem quatro vitórias e seis derrotas.

No primeiro round, a brasileira tentou se impor na trocação e chegou a conectar bons golpes, mas com 30 segundos acabou derrubada pela canadense. No chão, Gillian Robertson buscou a finalização primeiro ao tentar uma kimura, mas a brasileira fez bem a defesa. A canadense depois conseguiu a montada, Polyana virou e deu as costas, mas na sequência acabou vendo a rival tentar o katagatame. Polyana de novo se defendeu, mas Robertson chegou de novo nas costas para pegar o pescoço. Sem sucesso, a canadense ainda tentou sair numa chave de braço nos últimos segundos, mas a brasileira se defendeu com um bate-estaca.

No segundo round, Polyana de novo voltou a tentar se impor na trocação, e dessa vez Gillian Robertson precisou de um minuto para conseguir a queda. E, de novo, dominou a brasileira no solo, até que chegou ao ground and pound e conectou socos e cotoveladas até a interrupção do árbitro, já que Polyana apenas tinha a mão na cabeça para se proteger.

Jasudavicius massacra Priscila Cachoeira

Jasmine Jasudavicius venceu Priscila Cachoeira por finalização a 4min21s do R3 — Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC via Getty Images

A canadense Jasmine Jasudavicius promoveu um verdadeiro massacre para cima da brasileira Priscila Pedrita. Depois de aceitar a luta no peso-galo (até 61,7kg) depois que Pedrita já indicava que não conseguiria na véspera bater o peso-mosca (até 57,2kg), Jasudavicius passou quase 15 minutos batendo na adversária, até que aplicou um triângulo de mão para finalizar a luta aos 4min21s do terceiro round. Para se ter ideia do atropelo, a canadense aplicou 326 golpes, enquanto Pedrita só conseguiu conectar 26 golpes.

Pedrita, que em 2022 venceu duas vezes, agora tem duas derrotas seguidas. Antes de perder nesta noite, a lutadora carioca já tinha sido finalizada por Miranda Maverick na única luta que fez no ano passado. Jasmine Jasudavicius se recuperou a derrota para Tracy Cortez na última luta e agora tem quatro vitórias e duas derrotas na organização.

Confira os resultados completos do UFC 297:

Larissa Pacheco relembra final da PFL 2023 e elogia dureza da adversária

Larissa Pacheco relembra final da PFL 2023 e elogia dureza da adversária

Veja também

Mais do ge