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Por Ricardo Gonzalez

Comentarista dos canais sportv


Nesta quarta, 19 horas, no Mineirão, Cruzeiro e Athletico-PR abrem a 12ª rodada da Série A, um daqueles muitos jogos que qualifico como imperdíveis. Dois times que começam a quarta-feira próximos na tabela (paranaenses em 5º lugar, com 19 pontos, mineiros em 7º, com 17. E se formos olhar para as comissões técnicas, não é exagero se pensar num Cruzeiro dizendo ao Athlético: "Eu sou você amanhã..." O Furacão perdeu seu treinador, Cuca, que surtou como já fizera outras vezes na carreira, porque o time tomou muitos gols nos acréscimos - as negociações com Fernando Diniz já começaram, mas em Belo Horizonte vai o interino. O Cruzeiro não perdeu Fernando Seabra. Ainda. Mas ele admitiu que errou na sonora goleada sofrida para o Bahia, e sabe que há muitos bons treinadores de bobeira no mercado - tipo Cuca, Diniz, Mano Menezes. Sabe mais: que mais uma derrota, desta vez em casa, pode lhe custar o cargo - e uma mudança de rumos no futebol do clube.

Cruzeiro x Athletico-PR: saiba tudo sobre o jogo da 12ª rodada do Brasileirão Série A 2024

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Com um elenco em formação e quando ainda tinha Ronaldo Nazário à frente da SAF, a torcida cruzeirense não imaginava talvez esta em oitavo lugar neste ponto do campeonato - portanto, não é exagero dizer que, por agora, a campanha está no lucro. Ainda assim, a derrota diante do Bahia, do jeito que foi, causou incômodo - ainda que, a meu ver, exagerado, porque o Bahia é um baita time, cresce quando joga em casa, e perder nessas circunstâncias é normal. O Cruzeiro saiu na frente, e equilibrava as ações no momento em que Marlon foi expulso.

Eis que, quando ficou com um a menos, Fernando talvez tenha exagerado na coragem (e eu não o critico, prefiro quem perdeu um jogo "perdível" - não eliminatório - atacando, tentando, ousando, do que quem perde se omitindo) e, mesmo com um a menos, subiu linhas e tentou ganhar o jogo. O Bahia foi letal e, em contra-ataques, construiu uma goleada que não é o retrato mais fiel de sua superioridade. O fato da admissão pública de que aprendeu uma lição e que deveria ter sido mais realista e segurado um pontinho pode colocar pressão (vinda da arquibancada) em seus ombros em caso de novo "erro" que custe a vitória, ainda mais diante da torcida. A vitória é mais decisiva para o Cruzeiro, embora o Furacão tenha deixado escapar três resultados nos acréscimos dos últimos três jogos.

Claro que o Furacão também precisa dar uma resposta a seu torcedor. Mas sem técnico já está e uma derrota a mais não vai exatamente causar grandes danos - no máximo pode acelerar o acerto com o próximo técnico. O mais curioso desse time é que, por mais que a pauta seja há muito tempo os gols sofridos nos acréscimos, os números defensivos são bons - tem a segunda melhor defesa da Série A, 8 gols sofridos. O problema é que vários desses poucos gols foram sofridos a segundos da conquista definitiva de 3 pontos - como contra Ypiranga-RS, Flamengo, Botafogo e Corinthians. Some-se a isso as inesperadas derrotas para Danubio e Ameliano - que obrigaram o Furacão a submeter-se ao mata-mata da Sul-Americana contra o Cerro Porteño, abreviaram a volta de Cuca ao futebol.

Se me perguntarem qual a minha intuição para o jogo, eu apontaria para um empate. Mas ambos podem vencer a vitória é mais decisiva para Fernando Seabra. Só não pode ser com mais um gol nos acréscimos, né, Furacão?!...

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