Qualquer análise que se faça do Juventude (e, de resto, de Grêmio e Internacional) deve levar em conta o grande drama vivido pelos gaúchos com as enchentes no Rio Grande do Sul, e os prejuízos técnico e psicológica que elas trouxeram. Mas na volta da paralisação, até que o time de Roger Machado vinha com uma performance bastante razoável - dois empates e uma vitória. Mas no último fim de semana o time vacilou e foi derrotado, fora de casa pelo Bragantino. O Ju tinha o empate no bolso, enfrentou um rival que desde o primeiro tinha um homem a menos (Jadsom expulso), mas ainda assim cedeu o gol da vitória ao Massa Bruta. Roger Machado não gostou nem um pouco disso.

O Juventude deve ter a volta de Nenê, que já fez história do outro lado, em São Januário. Sem dúvida é um nome que, pela experiência e enorme talento, qualifica muito o setor de criação gaúcho. Que pode dar uma vitória quase necessária ao time da Serra Gaúcha, afinal, na próxima rodada, o oponente será o Palmeiras, em São Paulo. E até o mais fanático torcedor jaconeiro sabe como é difícil o visitante pontuar lá.

O Vasco, por sua vez, vive uma momento muito difícil. Os números provam. O time tem a pior defesa do campeonato, 19 gols sofridos, 6 deles só para o maior rival, o Flamengo. Há duas partidas o Vasco não balança as redes adversárias, e para um time que precisa voltar a marcar gols, o cenário assusta: o pirata argentino Vegetti tomou o terceiro cartão amarelo e não joga no Sul. Dos sete gols marcados pelo time carioca no Brasileiro, quatro foram dele. Será sem dúvida uma dor de cabeça para o técnico português Álvaro Pacheco resolver - ele que ainda busca a primeira vitória à frente do Vasco.

Pelo momento dos dois times, prevejo muita luta e busca pela vitória. Mas não me arrisco a dar um palpite. Ninguém tem jogado um futebol que dê confiança aos torcedores. Como diz um amigo meu, não há favoritos "no mau sentido"...