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Por Ricardo Gonzalez

Comentarista dos canais sportv


Comentei neste domingo para o Première o duelo entre Botafogo-SP e Vila Nova, em Ribeirão Preto. Na abertura da transmissão, chamei-o de "jogo da afirmação". No caso do Botafogo, para mostrar se, depois de sete rodadas sem vencer (mais dois jogos na Copa do Brasil contra o Palmeiras), não foi um caso isolado a vitória sobre o Santos. E o Vila, depois de outra troca treinador, para mostrar o quanto antes que campeonato disputa: o do sonho de acesso ou o do medo da degola. Deu Botafogo, 1 a 0, mostrando que quando têm tempo para trabalhar, os treinadores portugueses dão respostas - e com Paulo Gomes não haveria de ser diferente.

Botafogo-SP 1 x 0 Vila Nova | Melhores momentos | 10ª rodada | Série B

Botafogo-SP 1 x 0 Vila Nova | Melhores momentos | 10ª rodada | Série B

Depois da surpreendente vitória sobre o Santos, em Londrina, o Botafogo teve seu duelo diante do CRB adiado, porque o regatiano estava decidindo a Copa do Brasil. Foram, assim, 13 dias de trabalho sem jogos para que o técnico Paulo Gomes pudesse consolidar seus conceitos. E, como invariavelmente ocorre com treinadores portugueses e argentinos, o time melhorou. Obviamente ele não poderá fazer milagres porque, além de não ser Deus ou o Mister M, o clube, mesmo sendo SAF, não tem muito fôlego financeiro e está optando por dar espaço à prata da casa.

No jogo matinal deste domingo, o time começou muito recuado. O que deveria ser um 3-4-3, na verdade era um 5-4-1. O Vila Nova tinha mais a bola e, mesmo com menos gente em cada setor, conseguiu achar espaços. O problema do time de Luizinho Lopes era a última decisão, fosse para tentar um passe ou para concluir - a opção era sempre errada ou mal executada. Após a parada para hidratação, o Botafogo ganhou segurança para se soltar um pouco e começou a dar trabalho. O jogo seguia morno até que, aos 46 minutos, o lance que decidiu o jogo. Falta na entrada da área e Jean Victor deu aula na cobrança: força para cobrir o homem-base, direção para jogá-la rente à trave, o goleiro Denis Júnior só olhou.

O segundo tempo teve outro perfil. O Vila Nova partiu para o ataque e também cedeu espaços para bons contra-ataques do Botafogo. O lado esquerdo da defesa goiana virou uma avenida, a ponto do técnico Luisinho Lopes trocar Rhuan por Eric. Não resolveu, o Botafogo continuou machucando por ali. O Vila, por sua vez, encontrou espaçou e por quatro vezes a bola chegou a passar pelo goleiro João Carlos e a zaga rebateu próximo à linha do gol. Mas, no fim, ninguém mais conseguiu marcar e o Pantera conseguiu sua segunda vitória - e saiu do Z-4.

Se derem mais dez dias ao português, o Botafogo vai complicar a vida de muita gente...

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