O Massa Bruta ganha muito em confiança quando joga em casa. Neste ano de 2024 o time só perdeu três vezes em seus domínios, somando pré-Libertadores, Sul-Americana, Copa do Brasil, Paulista e Brasileiro: duas pelo Paulista (uma diante do Palmeiras, absolutamente normal) e uma recente para o poderoso Atlético-MG (também normal). Diante de um adversário tecnicamente mais fraco, precisa vencer e, portanto somar pontos, neste trecho do Brasileiro (paralelo com as competições internacionais de seleções) em que não precisa dividir atenções. Mais à frente, terá mais Copa do Brasil e o play-off da Sul-Americana - em que disputará com o traiçoeiro Barcelona de Guayaquil.

O Juventude tem menos possibilidade de precisar dividir atenções. No próximo mês vai decidir seu destino na Copa do Brasil - disputa atrasada contra o conterrâneo Internacional, que ainda não pôde ser disputada em função da enchentes no Rio Grande, e de resto, é Brasileirão. Se colocarmos como filtro a capacidade de investimento limitada e o fato de o time ter subido agora de volta à Série A,a temporada do time de Roger Machado é boa. O time começou instável, mas chegou à final do Gauchão contra o Grêmio, e no Brasileiro não está tão longe assim do Bragantino - os paulistas começam a rodada em 9º e os gaúchos em 12º. No recorte de curto prazo, após a parada do campeonato por causa da catástrofe ambiental gaúcha, o Juventude está invicto: uma vitória e dois empates.

Os dois times têm desfalques importantes, por suspensão ou lesão. No Juventude, estão fora Jadson e Jean Carlos, este a cabeça pensante do meio-campo, ao lado de ou na vaga de Nenê. No Bragantino, não estarão em campo o artilheiro Sasha e Juninho Capixaba - mas Pedro Caixinha poderá, se quiser, contar com a volta de Vitinho, um jogador que dá uma dinâmica impressionante na conexão meio-campo e ataque.