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Por Marco Condez

Tiago Caldas / EC Bahia

Este início de temporada tem trazido grata surpresa ao futebol nacional, com a ascensão do Bahia, que vem despontando no topo da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro 2024. Sob o comando técnico de Rogério Ceni, contratações de peso e trabalho direcionado, o time baiano tem mostrado organização e esquema de jogo interessante, que prometem mantê-lo com campanha sólida durante a temporada.

Desde o ano passado, o Bahia faz parte do grupo empresarial que gerencia o Manchester City e conseguiu cumprir o objetivo de permanecer na elite do futebol nacional. Lutou bravamente e se salvou nas últimas rodadas do campeonato Brasileiro 2023. Agora, o trabalho que está sendo implantado, já começa a mostrar frutos positivos.

No Campeonato Estadual, fechou a primeira fase como líder, mas ficou com o vice-campeonato, sendo derrotado pelo arquirrival Vitória. A perda do Campeonato Baiano, não abalou o trabalho que estava sendo desenvolvido por Rogério Ceni, que foi mantido na equipe com respaldo da direção do clube.

A forma de avaliação do trabalho é diferenciada, foge da cultura resultadista, que norteia o futebol brasileiro. Mesmo com a derrota no estadual, o trabalho continuou, com a chegada de reforços, que qualificaram o elenco.

O Bahia, surpreendentemente rápido, está mostrando futebol equilibrado, baseado na qualidade do meio campo, que prenuncia a se tornar tendência sólida e positiva. A equipe tem mostrado padrão interessante de jogo, que privilegia a posse de bola e a troca de passes, bem como a verticalidade e a velocidade dos atacantes que jogam abertos pelas pontas.

As qualidades de seus atletas, tem tornado a equipe do Bahia técnica e coletivamente segura. Destaque deve ser dado para o volante Jean Lucas (ex Santos) que consegue fazer bem o trabalho defensivo, bem como qualificar os passes a fim de dar inicio a construção de jogadas ofensivas. Função semelhante, tem o volante Caio Alexandre (ex Fortaleza), que tem boa qualidade nos passes e bom poder de finalização.

Já, o meio-campista Everton Ribeiro, (ex Flamengo) faz a função de um camisa dez clássico, distribuindo a bola ao ataque com passes precisos. O meia-atacante Cauly, que veio do futebol búlgaro, tem habilidades para efetuar dribles e quebrar linhas do adversário, sendo outro diferencial do Tricolor de Aço. E, a utilização do meio-campista Thaciano (ex Grêmio) como organizador e atacante, dificulta a referência da defesa adversária. Além disso, está permitindo que o meio-campista se torne um dos artilheiros do time.

A movimentação da equipe, também tem sido fator de destaque, uma vez que o Bahia não é time estático e previsível. Faz uso da qualidade dos passes de seus atletas, para escapar da marcação, de forma semelhante ao time matriz, o Manchester City.

Como o Bahia, ainda, não irá disputar nenhuma competição internacional em 2024, o calendário é menos intenso. As disputas da Copa do Brasil e a Copa do Nordeste, permitirão que os intervalos para treinamento sejam maiores, possibilitando melhor entrosamento entre a filosofia do técnico Rogério Ceni e o elenco.

É cedo para se afirmar que a temporada de 2024 será promissora, principalmente se a base da análise for calcada neste recorte inicial do Campeonato. Mas, se a robustez e a qualidade do meio-campo forem mantidas, o Esquadrão de Aço conseguirá atingir a linearidade por longo período e com certeza brigará por objetivos bem mais altos. A ascensão do Bahia não é episódica, mas sim, fruto da organização estabelecida dentro e fora do campo, aliada à trabalho técnico responsável.

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