Eslovênia 1 x 1 Dinamarca | Melhores momentos | Eurocopa 2024
O mais equiparado entre os até aqui seis jogos desta edição de Eurocopa aconteceu na tarde deste domingo, em Stuttgart. Dinamarqueses e eslovenos ficaram no empate por 1x1. Eriksen abriu o placar em uma 1ª etapa totalmente dominada pela Dinamarca. A Eslovênia cresceu bastante a partir da metade do 2º tempo e chegou perto da virada.
De um lado a troca de passes, o jogo mais pautado nas ações dos meio-campistas e na projeção dos alas nas jogadas de linha de fundo. Do outro um estilo mais direto para buscar os atacantes em profundidade ou nos cruzamentos a partir da intermediária. Esta foi a tônica do duelo que abriu o Grupo C da competição.
Escalações
Matjaz Kek montou a Eslovênia no 4-4-2 mais usual da equipe. Sesko e Sporar formaram a dupla de ataque. Já Kasper Hjulmand também manteve o esquema mais utiliza com três zagueiros. Eriksen atuou perto de Wind e Hojlund.
O jogo
Estar atento aos detalhes é fundamental para superar um sistema defensivo sólido. A esperteza do ala-direito Alexander Bah foi determinante para a Dinamarca acabar com o ''drama do gol'' bem cedo diante da fechada Eslovênia. Cobrou rapidamente o lateral, pegando a zaga rival desatenta, e viu Wind fazer um excelente pivô para Eriksen abrir o placar aos 16 minutos.
O camisa 10 da seleção dinamarquesa foi o nome da 1ª etapa. Esteve muito bem tecnicamente. Basicamente em todos os momentos em que a bola caiu no seu pé perto da área rival, quase sempre posicionado entre as linhas de defesa e meio da Eslovênia, algo de produtivo aconteceu. Além do gol, foram outras cinco boas ações ofensivas de sua seleção, e ele influenciou em todas.
A Dinamarca fez um 1º tempo controlado. Como esperado, teve mais a bola, e circulou de forma prudente para não gerar as situações de contragolpe que o adversário tanto queria. Cedeu apenas uma transição de real perigo aos eslovênos. Sesko quase fez um golaço pouco antes de Eriksen abrir o placar. Então a postura da equipe vermelha foi correta.
Acelerava a troca de passes quando percebia a condição concreta de criar uma chance. Hojberg e Hjulmand foram cruciais nesta leitura. Os zagueiros também. Por mais que tenham buscado alguns passes em profundidade quando a Eslovênia ameaçava subir o bloco de marcação, tomaram boas decisões como um todo.
Os dinamarqueses também tiveram uma boa execução nos movimentos de marcação ''alta''. Roubaram algumas bolas dentro do campo oponente. Só pecaram ao pressionar a pelota em alguns lances. Principalmente quando a opção era marcar em bloco médio. A estratégia da Eslovênia em fase ofensiva consistia principalmente em encontrar a dupla de ataque nas costas da zaga rival.
Sesko e Sporar são intensos e inteligentes neste tipo de movimento. Stojanovic também fez algumas incursões no mesmo sentido. A troca de passes entre os defensores perto da linha de meio-campo era só uma ''isca'' para a Dinamarca se adiantar um pouco e naturalmente abrir espaços nas costas dos zagueiros. Por erros de domínio de bola a Eslovênia não conseguiu criar uma chance real desta forma.
Outra arma importante dos nórdicos foi a participação dos alas no campo de ataque. Além de Bah, que se destacou no lance do gol e em outros lances, Kristiansen gerava muito volume pela esquerda. Mesmo com dobras de marcação em estabelecidas pela Eslovênias nos flancos do gramado, a dupla de alas levava vantagem ao receber inversões de jogo.
As equipes voltaram sem mexidas para a 2ª etapa, mas a Eslovênia incomodou a Dinamarca logo nos primeiros minutos com algo que não havia explorado antes do intervalo: os chamados ''latereios''. Com arremessos laterais batido dentro da grande área rival, levou sua artilharia aérea à boca da meta de Schmeichel, que precisou trabalhar em saídas do gol para estancar o problema.
A Dinamarca respondeu com três boas chegadas antes da metade do 2º tempo, duas delas em contragolpes, um indício de que o controle das ações já não era mais a realidade. A esta altura a Eslovênia tinha jogadores que a tornaram mais ofensiva. Cresceu na base do ímpeto. Da bola direta para os atacantes, cruzada ou lançada, e subiu a marcação de vez.
Sesko e Sporar cresceram ainda mais de produção, mas o gol de empate foi do bom lateral-esquerdo Janza, que contou com um desvio ao bater forte em rebote de escanteio. Nos últimos minutos a Eslovênia esteve mais perto da vitória. Verbic entrou bem e participou de duas jogadas perigosas.
A Dinamarca ameaçou reassumir as rédeas do duelo com algumas substituições, mas não produziu mais nenhuma chance. Não conseguiu manter a regularidade de um tempo para o outro e não teve capacidade de neutralizar o crescimento adversário.
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