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Por Rafael Teles — Salvador


Até enfrentar o CRB na noite do último domingo, o Bahia vivia o melhor momento da equipe na temporada. Mas o empate sem gols seguido de eliminação nos pênaltis muda o contexto no Tricolor, que agora encerra o primeiro semestre sem títulos. Foi vice-campeão baiano e caiu na semifinal da Copa do Nordeste.

Bahia é eliminado pelo CRB na disputa por pênaltis e se despede da Copa do Nordeste

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A boa notícia é que 2024 ainda tem muito futebol pela frente. O Bahia está nas oitavas de final da Copa do Brasil e na segunda posição do Campeonato Brasileiro. Mas depois de falhar nas competições mais acessíveis, o Tricolor vai precisar se provar em cenários mais complicados para fazer desta uma temporada com saldo positivo.

Rafael Ratão e Léo Pereira em Bahia x CRB — Foto: Agif

O jogo

O Bahia começou a partida em situação de desconforto porque viu o CRB subir as linhas de marcação e povoar o meio de campo. O Tricolor se viu com espaços negados no setor onde se sente mais à vontade e demorou para encontrar alternativas. E assim, os primeiros 30 minutos de futebol na Fonte Nova não empolgaram o torcedor.

A solução para sair da pressão no meio de campo foi arriscar mais na construção com os zagueiros. Nesse sentido, Kanu teve papel de destaque. Em mais de uma oportunidade, o camisa quatro carregou a bola até o campo de ataque para atrair marcadores e gerar espaços na fase ofensiva.

Com o passar do tempo, os jogadores do CRB também demonstraram sinais de cansaço e “aliviaram” na marcação. A reta final do primeiro tempo, então, foi de domínio do Bahia, que criou chances e esteve perto de abrir o placar. Jean Lucas acertou o travessão em um lance e tirou tinta da trave em outro. Caio Alexandre e Rafael Ratão também levaram perigo.

Santiago Arias em Bahia x CRB — Foto: Letícia Martins/EC Bahia

O segundo tempo começou com mais um bola na trave de Jean Lucas, mas o contexto foi parecido com o início da primeira etapa. O CRB voltou a marcar com mais intensidade e até passou a frequentar o campo de ataque. Aos poucos, os alagoanos foram "ganhando jardas" e se aproximando do gol do Bahia em cobranças de falta cada vez mais perto da área.

Rogério Ceni já tinha voltado do intervalo com Biel no lugar de Rafael Ratão e só voltou a mexer no time aos 30 minutos: Estupiñán na vaga de Everton Ribeiro. O camisa dez não fez grande partida, mas foi dele o passe para Cauly, que ficou cara a cara com Matheus Albino e perdeu a melhor chance da partida aos 15 minutos do segundo tempo.

Antes do apito final o Bahia ainda teve Ademir no lugar de Thaciano e Everaldo na vaga de Santiago Arias. O camisa nove entrou no último lance, apenas para bater um dos pênaltis. A partida terminou jogada apenas em metade do campo, no setor de ataque do Tricolor. Mas em quase todos os lances foi a defesa do CRB que levou a melhor.

Os pênaltis e o futuro

Depois de passar boa parte dos 90 minutos preso na marcação do CRB, o Bahia precisou resolver a classificação em uma longa disputa de pênaltis. O que mais chamou atenção na derrota por 8 a 7 foi que o goleiro Marcos Felipe errou o lado em todas as cobranças do Galo. Na marca da cal, Caio Alexandre também falhou e determinou a eliminação.

O primeiro semestre do Bahia em 2024 fica para trás e deixa a impressão de que o time deveria ter feito mais. Ao mesmo tempo, o contexto atual evita um cenário de terra arrasada. A eliminação não muda o fato de que o Bahia está há oito jogos sem perder, nas oitavas de final da Copa do Brasil e na segunda posição do Campeonato Brasileiro.

Para tentar uma resposta rápida e manter o time em alta na Série A, Rogério Ceni tem a semana livre pela frente e volta para campo apenas no próximo domingo, quando visita o Atlético-MG pela sétima rodada do Brasileirão. A partida está marcada para a Arena MRV, em Belo Horizonte, onde a bola começa a rolar a partir das 16h (de Brasília).

"Eliminação inesperada, mas merecida do Bahia", lamenta João Leiro | Voz da Torcida

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