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Por Silvio Lima, Rômulo Almeida e Kassio Junio — Manaus, AM


Iranduba (de verde) perdeu por 7 a 0 para o Amazonas — Foto: Jadison Sampaio/Amazonas

O presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ednailson Rozenha, anunciou nesta segunda-feira (27) a suspensão do Iranduba por 2 anos, multa de R$ 100 mil e, consequentemente, o rebaixamento do Campeonato Amazonense 2023. O motivo são fortes indícios de manipulação de resultados no estadual.

A decisão da FAF foi baseada em um relatório da CBF que, por meio um sistema, analisa manipulação de resultados. O jogo em questão foi o que o Iranduba perdeu por 7 a 0 para o Amazonas, no dia 12 de fevereiro, em partida da quinta rodada do Amazonense.

Edaílson Rozenha, presidente da FAF, anunciou a punição nesta segunda-feira — Foto: João Normando

Além da punição esportiva, Rozenha explicou que irá pessoalmente entregar relatório ao Ministério Público do Amazonas, à Delegacia Geral da Polícia Civil do estado e à Polícia Federal para que os jogadores sejam chamados para prestar depoimento.

- No Amazonas não vai haver esse tipo de coisa. Não vai acontecer. Nosso futebol precisa de seriedade, precisa respirar. Hoje com o nosso documento, administrativamente, o Iranduba está fora do campeonato, consequentemente rebaixado - Rozenha.

Iranduba é goleado por 7 a 0 pelo Amazonas

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Investigação

A CBF, através do Sistema Universal de Detecção de Fraudes (UFDS), ainda enviou um relatório realizado pela Sportradar em que consta evidências de que o Iranduba esteja potencialmente envolvido no resultado do jogo. Na ocasião, tiveram fortes apostas de que o clube perderia a partida por ao menos três gols e que ao menos cinco seriam marcados no total.

Decisão legal

O presidente da FAF também apresentou a denúncia ao Tribunal de Justiça Desportiva do Amazonas (TJD-AM), na pessoa do vice-presidente da Corregedoria, Ruy Mendonça, que estava presente na coletiva. Mendonça garantiu que a suspeita será julgada nas esferas criminais.

- O presidente Rozenha hoje tomou uma decisão administrativa no exercício legal das suas atribuições e a fez com base na Lei Pelé. Venho aqui para receber esse ato do presidente e encaminhar ao TJD para instruir essa questão. Esse é um viés desportivo e pela gravidade dos fatos terá também um consectário criminal, podendo resultar também na prisão de várias pessoas. Esse é só o fio da meada, o relatório faz menção a alguns jogadores, mas obviamente que também dá para saber pelos dados que a CBF tem, através desse sistema anticorrupção quem recebeu esse dinheiro, quem apostou e essa quadrilha pode ser descoberta pelo Ministério Público do Amazonas - completou.

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