O secretário de Políticas de Informática Virgílio Almeida, que trabalha no Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), assumiu que não estava vestido da melhor maneira para o lançamento do programa Startup Brasil: “Eu não deveria ter vindo de terno e gravata, né? Mas fui convencido”, brincou, diante de uma plateia praticamente toda vestida de terno e gravata.

Almeida anunciou o lançamento do edital do Startup Brasil em um hotel em São Paulo, nesta quinta-feira (29). A ideia geral do programa é financiar aceleradoras e startups, para fomentar o ecossistema brasileiro. “O objetivo é levar a empresa mais rápido para o mercado, fomentar a inovação e posicionar o Brasil globalmente”, disse o secretário.

O edital, em si, será publicado no “Diário Oficial” na sexta-feira (30), com os detalhes do programa. Inicialmente, serão escolhidas as seis aceleradoras, que posteriormente selecionarão até 8 startups (cada uma) –no total, são 40 empresas na edição de 2013 do programa. As aceleradoras serão selecionadas de acordo com critérios como equipe, estrutura, redes de relacionamento e acesso ao mercado.

Após o edital ser divulgado, as candidatas à aceleradora terão até o dia 31 de janeiro para fazer a inscrição. Segundo Almeida, a análise dos perfis será feita em fevereiro e os resultados anunciados no dia 1º de março (até o dia 15 de março, as vencedoras serão publicadas no “Diário Oficial”).

Após o dia 1º de março, as aceleradoras terão que criar os editais para a seleção da startup. Segundo o ministério, poderão se inscrever empreendedores de outros países. As empresas em estágio inicial que quiserem se inscrever terão que ter menos de 3 anos de atuação no mercado.

Entre os critérios de seleção para as startups estão elementos como equipe, plano de negócios e grau de inovação.

Cada startup escolhida receberá uma bolsa de R$ 200 mil. O secretário diz que o dinheiro irá direto para a empresa, e não para a aceleradora. Apesar disso, a aceleradora poderá escolher ficar com uma porcentagem das startups selecionadas.

“As empresas vão desenvolver o produto por 12 meses com as bolsas e, se der certo, elas poderão receber uma nova rodada de investimentos da iniciativa privada”, disse Almeida. Segundo ele, o governo não ficará com nenhuma parte da empresa.

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