Criar e administrar um site podem parecer atividades banais para grandes empresas, mas, para microempresários e pequenas e médias companhias, a tarefa que foge das atribuições do dia a dia do negócio pode ser um bom motivo para ficar longe da internet.

A startup sitePX identificou na situação uma oportunidade e criou uma “máquina de fazer sites”. Em um ano de vida, a empresa ajudou a criar 3 mil endereços eletrônicos, algo impensável se tivesse que programar na unha site a site (Veja o site aqui).

Isso é possível porque a startup construiu um publicador de sites que, a exemplo de similares como o Wordpress, facilita a inserção de conteúdo. No entanto, diferentemente do primo famoso, permite também a edição do design do site sem que sejam necessários conhecimentos em programação. E também possui funções mais avançadas.

O desenvolvimento da ferramenta consumiu três anos e R$ 1 milhão.

Atualmente, 20 mil sites estão sendo construídos dentro da plataforma da PX. Mas a empresa projeta que o ano de 2013 termine com 40 mil, afirma Luciano Kalil, um dos cofundadores, que passou a vida desenvolvendo sites para grandes empresas.

Pequenos virarem grandes
"A gente queria dar aos pequenos o que as grandes já tinham", conta Kalil.

Uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) dá asas às intenções da startup de alçar voos ainda mais altos. Entre as micro, pequenas e médias empresas, cerca de 70% não possuem sites --83% não estão sequer presentes em canais online.

As que têm página na web oferecem somente recursos básicos, como catálogos e listas de preços de produtos.

“Muita gente não entrou nesse mundo. Faz a divulgação à moda antiga: por folheto ou batendo na porta das pessoas. Mas a cultura digital vai sendo quase que imposta. Antes de procurar um serviço, uma pessoa pesquisa na internet. Se quer uma costureira, por exemplo, procura antes na web e depois disso vai atrás da profissional”, explica Kalil.

A “máquina de fazer sites” do sitePX possui ferramentas que podem ou não ser usadas pelos clientes, como integração com redes sociais e função para criar uma loja virtual, que pode ser integrada a sistemas de pagamento virtual (PagSeguro e Paypal, por exemplo).

A plataforma também faz o registro do domínio do endereço. É possível também incluir ferramenta de busca, cadastro e login.

Dependendo do plano escolhido, os preços podem ser de R$ 10 a R$ 12,30 por mês. A previsão é de que este ano a receita chegue a R$ 2 milhões.

Para ajudar, a empresa vai lançar sua atuação internacional em agosto. Até lá, trabalhará nos aspectos jurídicos da operação e em detalhes do plano de marketing.