Apesar do grande número de ideias para criar uma empresa iniciante, são poucas as que conseguem reunir atributos suficientes e superar suas limitações para encantar um investidor e conseguir levantar capital suficiente para alçar voo.

Um levantamento realizado pela incubadora Mountain do Brasil mostrou que das 305 startups brasileiras avaliadas em 2012, apenas três receberam recursos, 1% do total.

Foram elas o Veduca (portal que reúne vídeo-aulas legendadas de universidades de todo o mundo), Janamesa (site e aplicativo de entrega de comida) e o Onda Local (serviço de propaganda para pequenos e médios empreendedores).

Mais da metade das startups (172) foram rejeitadas logo de cara e 91 foram orientadas a rever o projeto. Outras 42, 14% do total, foram chamadas para uma reunião.

"O aporte nas startups brasileiras é reduzido devido a características que limitam a viabilidade do negócio", segundo Nicolas Gautier, diretor da Mountain,  presente no Brasil há um ano.

Os empreendedores, diz Gautier, tendem a se comportar mais como funcionários e não pensam como empresa. O despreparo e a inexperiência da equipe da empresa tende a deixar o investidor temerário.

Além disso, é necessário que o negócio das startups seja inovador, para que não compitam com empresas já estabelecidas. As chances aumentam se o foco do serviço atingir um grande número de consumidores.

Outro ponto que pode empacar um investimento é um plano de negócios sem metas e dados que indiquem taxas de retorno.

*por Helton Simões Gomes