Os empresários Sérgio Kulikovsky, Alex Barbirato e Fernando Blay decidiram juntar experiência, dinheiro e contatos para transformar ideias de aplicativos em realidade por meio da Incube (acesse aqui, o site da empresa ainda não traz conteúdo sobre ela). “Todo mundo tem uma ideia de aplicativo. Nós decidimos pegar isso e tornar realidade”, conta Barbirato, que ajudou a selecionar os três primeiros projetos selecionados para receber investimento.

A Incube não funciona exatamente como uma incubadora ou aceleradora de startups, ressalta o empresário, “mas segue um pouco da filosofia”. Para participar, é preciso ter, no mínimo, uma ideia e fazer com que o trio de fundadores da Incube acredite nela. “É como uma fábrica de apps. Queremos levar o projeto a fundo, mas ficamos com, em média, 80% da empresa”, explica Barbirato. Geralmente, no modelo das aceleradoras, há uma "interferência" menor no processo e o empreendedor fica com uma parte maior da empresa resultante.

“Uma pessoa pode bater na porta com uma ideia e, só com isso, já ficar com 10% da empresa final se o projeto for aceito”, explica. Mas a porcentagem é negociada com as circunstâncias: a situação muda para quem trouxer um time ou um aplicativo já em andamento.

O empresário também alerta que não é qualquer ideia que será aceita. Os responsáveis pela Incube precisam enxergar uma maneira de monetizar o projeto em algum momento. “Se der errado, também não temos problema em finalizar o app”, conta.

Morando atualmente em Barcelona, Barbirato afirma que a os empresários da Incube têm experiência internacional, mas escolheram o Brasil pela criatividade local. “Eu jamais conseguiria montar uma empresa assim nos Estados Unidos. Os empreendedores são ótimos lá, mas preciso desses profissionais que sirvam todas as empresas e é preciso ser versátil”, conta.

O empresário diz que enxerga um “complexo de inferioridade” no empreendedor brasileiro. “Nem tudo que é americano é bom, existem vários problemas lá também.”

Win A Minute
Na rotina diária, as startups da Incube dividem o mesmo espaço e alguns profissionais –um diretor de arte, por exemplo, é compartilhado. Atualmente, são três projetos em andamento, sendo que a companhia só fala publicamente sobre o Win a Minute.

“É um aplicativo de concursos fotográficos. Nós criamos semanalmente concursos de fotografia e as pessoas podem participar”, conta Barbirato. O "app" funciona com um sistema de moedinhas virtuais: é preciso “pagar” moedinhas para se inscrever, mas o usuário ganha unidades do dinheiro virtual ao votar em fotos de amigos. No final, a votação popular decide quem ficará com um cartão-presente da Amazon.

Segundo Barbirato, um aplicativo do porte do Win a Minute custa R$ 100 mil para ficar pronto. “O investimento com os prêmios da Amazon é pequeno em comparação ao que gastamos para criar”, conta. Já na iTunes Store (acesse aqui), o aplicativo pode ser baixado gratuitamente.

Se o Win a Minute der certo mesmo, ele se tornará uma nova empresa, separada da Incube, explica o empresário.