Em 2019, havia 21.507 carros do tipo na região. Em maio deste ano, 65.145 foram registrados pelo Detran (veja gráficos abaixo).

Apesar da alta, essa categoria de veículos representa uma pequena fração (0,54%) da frota total na região metropolitana de São Paulo, formada atualmente por 11.906.007 carros.

Na contramão dos veículos elétricos, nos últimos cinco anos houve uma diminuição da frota de carros "normais" na Grande São Paulo: em 2019, eram 12.106.723 — uma queda de 1,65%.

No final de 2023, o governo federal anunciou o programa nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que amplia exigências de sustentabilidade da frota automotiva e estimula a produção de novas tecnologias nas áreas de mobilidade e logística.

O incentivo fiscal para que empresas invistam em descarbonização e se enquadrem nos requisitos obrigatórios do programa será de:

• R$ 3,5 bilhões em 2024;
• R$ 3,8 bilhões em 2025;
• R$ 3,9 bilhões em 2026;
• R$ 4 bilhões em 2027;
• R$ 4,1 bilhões em 2028;
• Os valores devem ser convertidos em créditos financeiros.

Para a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Brasil possui um enorme potencial no futuro do mercado automotivo. A projeção da associação para este ano é de um crescimento de vendas e produção na casa dos 6%.

"Eu não saberia te pontuar ou precisar se a solução do futuro é 100% bateria ou é 100% híbrido, mas o legal é que a gente tem oportunidade de testar e ver qual das duas soluções são as mais importantes para o futuro no nosso país", apontou Fábio Dellatore, professor do Instituto Mauá.

Em relação aos preços dos veículos elétricos e híbridos, o professor diz que, como toda nova tecnologia, os preços tendem a ser mais altos no início, mas podem cair ao longo dos anos.

"Com o avanço da tecnologia, sendo identificados processos que tornem essa produção mais em conta, mais econômica, o carro torna-se mais acessível", pontuou.

Atualmente, o carro elétrico mais barato do Brasil sai por quase R$ 100 mil, na versão mais básica.