Walter Hasenack no lançamento do miniguia de observação de aves de Porto Alegre (RS) — Foto: Maria do Carmo Both
A cidade de Porto Alegre (RS) lançou recentemente uma nova ferramenta para ajudar os seus moradores e visitantes: um miniguia de identificação das aves da cidade.
Além de servir como ferramenta para observadores de aves, o guia tem como objetivo conduzir o homem a natureza e auxiliar observadores de aves iniciantes, prioritariamente o público infantil.
João-teneném é uma das espécies mostradas no guia — Foto: Leonardo Casadei
“Apresentamos de forma didática e intuitiva as principais famílias de aves e as espécies mais facilmente vistas em Porto Alegre. O objetivo é despertar a curiosidade dos iniciantes para que sigam observando aves depois de finalizada a oficina de iniciação, buscando identificar as espécies da cidade por conta própria”, explica Walter Hasenack, autor do guia.
O guia foi elaborado com doações de fotos dos associados ao Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre (COA-POA), recursos doados por uma senhora que demonstrou o desejo de permanecer anônima e da venda de calendários de aves de 2024, produzidos por Walter há quatro anos.
O trabalho conta com 103 espécies registradas em 118 fotografias feitas por doze fotógrafos diferentes. O material teve uma triagem de 2 mil exemplares para distribuição gratuita em oficinas de observação de aves e atividades de educação ambiental envolvendo as crianças.
Guia de identificação de aves de Porto Alegre (RS) — Foto: Walter Hasenack
Para escrever o guia, Walter utilizou a página do COA como referência, que foi elaborada por dois biólogos parceiros do clube. O guia foi revisado por um deles e foca somente nos nomes populares das aves a fim de facilitar para os leitores.
“As aves da lista estão classificadas desde 'muito comum' até 'acidental' de acordo com a facilidade de observação de cada uma na cidade gaúcha. Então tomei apenas aquelas classificadas como 'muito comum' e 'comum' para compor o guia”, explica Walter.
Cardeal-do-banhado vive em pântanos com água profunda — Foto: Susana Coppede/VC no TG
“O mesmo critério foi adotado para espécies em que indivíduos juvenis podem parecer outra espécie de tão diferentes que são. Não deixamos de dar algumas pinceladas em aspectos importantes e que certamente são desconhecidos para os iniciantes, como plumagem nupcial, morfos claro e escuro” elucida o autor.
Walter observa aves há 40 anos e pretende apoiar o COA e suas atividades em projetos futuros. Atualmente, ele está participando de um projeto para produzir um guia completo das aves do Rio Grande do Sul.
*Texto sob supervisão de Giovanna Adelle