Por Cristine Gallisa, RBS TV e g1 RS


Depósito de carros afetados pela enchente destinados a leilão em Nova Santa Rita — Foto: Reprodução/RBS TV

Os leilões de carros afetados pela enchente no Rio Grande do Sul, com valores que variam de 45% a 60% do preço da Tabela Fipe, devem vender até 5 mil veículos, estima uma empresa do setor. Os automóveis são destinados a pregão depois que os proprietários acionam o seguro, que paga a indenização e fica com o bem.

O primeiro leilão ocorreu em junho, apenas duas semanas após a perda dos carros, mostrou o Fantástico, da TV Globo, no domingo (23). Ao todo, 111 veículos da enchente foram comercializados, atraindo compradores de diversos perfis (veja abaixo). A expectativa do setor é uma ampliação nas vendas com o passar dos meses.

"Agora que, efetivamente, começa a venda", diz a leiloeira Liliamar Pestana Gomes.

O edital deixa claro que os veículos foram afetados pela enchente. Os automóveis passam por uma limpeza e um processo de preparação antes de serem colocados à venda. Em alguns casos, o óleo do veículo é retirado.

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Leilão virtual de carros da enchente no RS — Foto: Reprodução/RBS TV

Perfil do comprador

Mesmo não oferecendo veículos zero quilômetro, os leilões atraem públicos de diversos perfis. Existem pessoas que buscam o carro para si, seja para usar ou para revendê-lo após reparos.

O técnico em eletrônica Bruno Siqueira já é acostumado a participar de leilões para revender os veículos. No entanto, a caminhonete arrematada vai ser presenteada ao filho.

"Eu compro para revender, mas essa eu tinha prometido para ele que ia dar uma caminhonete igual a minha", conta.

Também há comerciantes de automóveis e peças que participam de leilões. A experiência nesse tipo de negócio também varia.

"Tem de tudo. Existem os clientes que já são clientes, que compram regularmente, mas também temos muitos clientes novos", explica a leiloeira.

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Os leilões virtuais ampliam a participação do público. É também na internet que os interessados buscam por mais informações e até imagens dos veículos em oferta.

"As pessoas têm condições de verificar os veículos. Tem fotos, tem vídeos, tem todas as informações que o cliente precisa para fazer a compra. Um dia antes do leilão, por exemplo, eles podem fazer a visitação dos veícuos nos pátios, nas unidades logísticas. Porém, a grande maioria hoje já nem visita o veículo", afirma Liliamar.

Após o arremate, o comprador é responsável por retirar o veículo do depósito. A unidade da empresa, em Nova Santa Rita, conta com seis mil carros. Eles ocupam uma área de 240 mil metros quadrados próxima à BR-386.

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