Por Rafael Nascimento, g1 Rio


Anderson Henrique Brandão foi condenado pela morte de Gabriel — Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro condenou nesta terça-feira (25) a 33 anos de prisão Anderson Henrique Brandão pelo assassinato de Gabriel Mongenot, de 23 anos, esfaqueado na praia de Copacabana, Zona Sul do Rio, em novembro. A decisão é do juiz Daniel Werneck Cotta, da 33ª Vara Criminal.

Turista sul-mato-grossense, Gabriel, que era estudante, estava no Rio com outras duas primas para o show da cantora americana Taylor Swift.

O turista estava com um grupo de amigos na praia, de madrugada, quando o grupo foi surpreendido por assaltantes. Gabriel, que dormia na areia, teria acordado assustado, já no meio do assalto e foi atacado.

Os suspeitos levaram a chave de um veículo e dois telefones celulares. Anderson Henriques Brandão foi reconhecido por testemunhas. Ele já havia sido abordado 56 vezes por agentes do programa Segurança Presente de Copacabana.

Jonathan Batista Barbosa, que também respondia pelo crime, foi absolvido e teve a prisão revogada.

Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos estava no Rio de Janeiro para assistir ao show de Taylor Swift — Foto: Redes Sociais

Desespero dos amigos

Imagens gravadas por câmeras de segurança, obtidas pelo RJ2, mostram os momentos após o estudante levar uma facada fatal no tórax, na Praia de Copacabana.

Era madrugada de domingo (19) e um grupo de fãs de Taylor Swift que passeava pelo Rio foi para a areia antes de voltar para casa após um dia de passeio. Enquanto relaxavam na praia, foram abordados por ladrões, que acabaram por esfaquear Gabriel.

vídeo mostra a reação de amigos, pedidos de socorro e suspeito de matar fã de Taylor preso no carro da PM em Copacabana

vídeo mostra a reação de amigos, pedidos de socorro e suspeito de matar fã de Taylor preso no carro da PM em Copacabana

As imagens mostram a correria de amigos para tentar socorro, depois eles se abraçando, como um consolo. Revelam também a chegada de autoridades e até quando um carro da PM abre o porta-mala e dá para ver um suspeito de cometer o latrocínio preso.

Veja abaixo a cronologia do pós-crime:

  • Um dos amigos de Gabriel vai correndo pedir ajuda num quiosque do calçadão da praia; ele levanta as mãos várias vezes e parece estar gritando.
  • Amigos voltam correndo em direção ao mar – onde Gabriel estava (abaixo).

Amigos correm em direção ao mar, onde estava o corpo de Gabriel — Foto: Reprodução/TV Globo

  • Outros dois amigos se aproximam de um homem sentado num banco. Eles conversam e o homem se levanta. Parece falar ao telefone.
  • Momentos depois, todos acenam para alguém na outra pista da Avenida Atlântica (abaixo).

Amigos da Gabriel correm na areia e levantam os braços, como se pedindo ajuda — Foto: Reprodução/TV Globo

  • Em outra imagem, dá para ver policiais em um quadriculo da Polícia Militar. As vítimas indicam para a polícia a direção que os bandidos fugiram.
  • Em seguida, aparece um carro da Guarda Municipal, e os amigos vão falar com os agentes.
  • Uma viatura da PM surge e chega outra. Os policiais abrem o porta-malas de um dos carros e mostram aos amigos da vítima dois homens detidos (abaixo).

PMs abrem porta-malas e mostram homem preso na viatura — Foto: Reprodução/TV Globo

No meio-fio da ciclovia do calçadão de Copacabana, Amigos de Gabriel se consolam após o crime — Foto: Reprodução/TV Globo

  • A câmera da Prefeitura do Rio aproxima e é possível ver os amigos se consolando sentados no meio-fio da ciclovia no calçadão de Copacabana (acima).
  • As imagens também mostram que o quadriciclo da PM retorna. Uma mulher conversa com os policiais e com os dois detidos.
  • Minutos depois, chega uma ambulância. Os bombeiros descem e vão conversar com os policiais. Eles apenas atestaram a morte de Gabriel.

'Acordou assustado', conta prima

Gabriel estava dormindo na areia momentos antes de ter sido esfaqueado e morto por assaltantes. Os criminosos levaram dois celulares e as chaves do carro usado pelo grupo.

“O Gabriel estava cochilando na hora e se levantou com a gritaria. Provavelmente, para o assaltante, ele reagiu ao assalto, mas na verdade ele acordou assustado com a gritaria, com a movimentação. Aí, ele foi ferido”, disse Juliana Milhomem, prima de Gabriel.

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