A expectativa é que o hospital fosse inaugurado em abril. Esse tinha sido o último prazo dado pelo Estado, mas isso acabou não acontecendo por conta de uma mudança de estratégia na obra.

“Nós estamos pensando em entregar ele com certeza no final de outubro / início de novembro funcionando o hospital”, disse o coordenador Regional do Instituto de Obras Públicas do Estado, Nami Nassif.

De acordo com o coordenador, o setor de radioterapia será implantado posteriormente. Inicialmente será apenas o setor de quimioterapia”.

“A princípio nós da Secretaria de Obras prepararíamos a parte física da obra e entregaríamos a Secretaria Estadual de Saúde. Só que não interessa só entregar o prédio, né… tem que fazer a instalação de todo o complexo hospitalar. Então, foi feita uma parceria e houve um entendimento pra mudar a estratégia da entrega da obra. Nos agora estamos avançando com a obra e a Saúde vai implementando o hospital aos poucos com os equipamentos” disse o coordenador.

Com investimento de R$50,6 milhões, a unidade terá 48 leitos de enfermaria e 10 de UTI exclusivamente para tratamento oncológico.

Além disso, o hospital vai contar com consultório de triagem, dois leitos de estabilização, cinco leitos de urgência referenciada, serviços de imagem, consultórios ambulatoriais, fisioterapia e quimioterapia.

A obra do Hospital Oncológico de Nova Friburgo pode ser considerada uma verdadeira novela. A Pedra Fundamental foi lançada em 2012. Nesse período o projeto sofreu diversas alterações.

Além disso, a obra chegou a sofrer paralisações, embargos, saques e até incêndios. A obra foi retomada em definitivo em 2022.

Segundo a Prefeitura de Nova Friburgo cerca de 120 pacientes oncológicos fazem o chamado TFD (Tratamento Fora de Domicílio), sendo transportados de van ou carro para hospitais de referência no Rio ou em Petrópolis.

Além de encarar um tratamento muita das vezes pesado (quimioterapia e radioterapia, por exemplo), os pacientes encaram em média 6 horas de viagem (ida e volta).

Ao g1 uma paciente que teve câncer de mama, e hoje está curada, falou que a trajetória seria bem menos exaustiva se o Hospital do Câncer já funcionasse naquela época. Em uma dessas viagens ela chegou a sofrer um acidente de trânsito.

“Eu tinha acabado de passar por uma quimioterapia e na viagem de volta o motorista do carro que me levava acabou batendo em ou outro carro. Foram cerca de dois anos nessa luta. E saber que se o hospital já estivesse pronto, nada disso teria acontecido”, disse a mulher, que não quis se identificar.